Agente de africanos elogia mudanças e vê prova em nível top

Africanos mantiveram domínio na São Silvestre em 2011

Poucas pessoas poderiam estar mais satisfeitas do que Moacir Marconi, o Coquinho, após o término da Maratona Internacional de São Silvestre, neste sábado, em São Paulo. Agente de atletas africanos, ele viu seus representados e convidados ocuparem todas as posições do pódio nas categorias masculino e feminino. Para ele, isso reflete o alto nível que a prova alcançou após a mudança do traçado.

"Esse trajeto é bem favorável para que bons resultados surgissem. Achei que os atletas se sairiam melhor dessa forma", opinou Coquinho. A principal mudança feita pela organização foi tirar a chegada da Avenida Paulista, colocando-a próxima ao Parque do Ibirapuera. Assim, os atletas ainda enfrentaram um longo trecho de descida na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio antes de encerrar o percurso.

"Os resultados comprovam que a mudança foi para melhor", reforçou o agente, responsável por trazer uma série de corredores africanos para as provas brasileiras, além de trabalhar como treinador deles. No masculino, a vitória ficou com o etíope Tariku Bekele, enquanto que no feminino a queniana Priscah Jeptoo levou a melhor.

"Acho que os brasileiros não se encontraram hoje (sábado)", avaliou Coquinho. O melhor representante do País no masculino foi Damião Ancelmo, na sétima colocação. Já entre as mulheres foi Cruz Nonata, na sexta posição. "Foi uma prova muito forte. A São Silvestre hoje é de nível top mundial. É um ritmo que o pessoal não está em condições de acompanhar", complementou.

Com experiência com atletas africanos, Coquinho admitiu que a vitória de Tariku era inesperada, já que ele costuma correr provas de 5km, principalmente. "Não seria surpresa se ele ganhasse, mas não era o favorito. Mas ele é muito rápido. Abriu vantagem no começo e soube segurar a barra", disse o agente, satisfeito com o desempenho estrangeiro na última prova de 2011.