Jade Barbosa é o principal nome da equipe brasileira que busca a vaga em Londres
A equipe brasileira de ginástica feminina depende de uma boa atuação no evento Pré-Olímpico desta quarta-feira para não ficar de fora dos Jogos de Londres. A disputa na capital britânica envolve oito seleções: Brasil, Bélgica, Canadá, Espanha, França, Itália, Coreia do Sul e Holanda.
Para superar as adversárias, o time brasileiro aposta no "fator Jade". A jovem carioca, 20 anos, já tem a participação na Olimpíada praticamente garantida. A ginasta deve ser a indicada pela Confederação Brasileira para representar o País na vaga individual. Mas a prioridade é conseguir a classificação para a equipe nacional.
Jade não conseguiu ajudar a Seleção nas duas oportunidades passadas para carimbar a vaga para Londres. No Mundial de Tóquio, a atleta começou bem, mas sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo e teve o desempenho prejudicado.
Agora o time conta com esse reforço considerado crucial. A coordenadora da Seleção, Georgette Vidor, não esconde o peso colocado nas costas de Jade. "Eu falei para ela: 'você quer ir sozinha para Londres? Não. Então vai ter que dar o máximo aqui no Pré-Olímpico'". Georgette acredita que a ginasta pode fazer a diferença na busca pela vaga e, por isso, tenta motivá-la ao máximo para que o resultado aconteça.
Depois da contusão que a deixou de fora dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro, Jade afirmou que está totalmente recuperada e em boas condições para ajudar a Seleção. "Estou me sentindo melhor. A lesão agora já está 100% recuperada. No momento, é bola para frente e demonstrar o possível na competição".
"A gente está bem confiante. Nós treinamos muito. Vamos fazer o melhor para que dê tudo certo. Trabalhos o tempo todo focando nesse objetivo. Nos esforçamos para isso", acrescentou a ginasta.
No entanto, Jade não escondeu o desconforto ao ser questionada a respeito da responsabilidade colocada nos ombros. "Cada uma tem um papel na equipe. Eu vou fazer o meu máximo, assim como a Dani (Hypolito), a Bruna (Leal), por exemplo. Todas têm a responsabilidade. A gente vai tentar fazer com que o resultado venha".
A atleta afirmou que, apesar do ano de 2011 ter sido difícil para a equipe, todas estão muito motivadas para a disputa desta quarta. "Temos que estar. Porque se não a gente não consegue chegar aqui e apresentar o que é preciso para conseguir a classificação. Tem que estar certa de que vai poder, de que vai acertar tudo, sem nenhum problema".
Jade também comentou a crise de relacionamento entre as atletas evidenciada no final do ano passado, depois dos resultados ruins no Mundial e no Pan. Assim como as colegas, ela afirmou que tudo foi resolvido e que o grupo não está rachado.
"Na verdade não tem que ficar pensando no que passou. Isso faz muito mal para todos. Temos que focar na competição. Agora falta muito pouco. Tudo de ruim a gente deixou para trás e agora estamos fazendo o possível para que as coisas saiam bem, do jeito que queremos", finalizou.
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