Após vexame, Scolari diz que fofocas e eleições prejudicam Palmeiras

O empate diante do Comercial neste último domingo, por 2 a 2, rendeu vaias e críticas por parte dos torcedores alviverdes que comparecerem no Estádio do Pacaembu, neste último domingo. Os jogadores foram os principais alvos da fúria da torcida, mas sobrou até mesmo para o técnico Luiz Felipe Scolari, que tem uma forte identificação com os palmeirenses. Após o jogo, o comandante foi duro ao fazer uma avaliação de sua atuação, mas também ressaltou que as "fofocas" nos bastidores prejudicam o ambiente e o rendimento do time.

Parte da torcida chegou a reclamar que os dirigentes alviverdes não cobram o treinador como deveriam, já que os últimos resultados demonstram uma evidente queda de rendimento. Aos ser questionado sobre a postura da diretoria, Scolari disse que sofre cobranças normais, mas ressaltou que a atitude de alguns conselheiros conturba o ambiente alviverde.

"Eles (dirigentes) não me cobram todos os dias. Mas quando explicações precisam ser dadas, eu faço as colocações que acho que são necessárias. Eu também recebo as críticas deles e assimilo aquelas que entendo como corretas. Sou um funcionário como qualquer um, não esqueçam disto", afirmou o treinador, que condenou a "fofoca" nos corredores do clube e a preocupação excessiva com as eleições deste ano.

"O problema é que muitos, neste momento que vive o Palmeiras, já estão preocupados com as eleições do fim do ano. Então é uma 'fofocaiada' que prejudica. Eles fazem esse tipo de coisa porque não querem o bem do Palmeiras. Querem o bem próprio", disse o treinador. "Esta é a confusão que atrapalha. Se essas pessoas trabalhassem para o Palmeiras, e quisessem o bem do clube, teríamos apenas 10% dos problemas que temos no nosso dia-a-dia".

Além dos problemas extracampo enfrentados por Felipão, o treinador precisa tentar fazer os jogadores readquirirem a confiança no momento decisivo. O Palmeiras enfrenta o Guarani, pelas quartas de final do Estadual, em Campinas, no próximo fim de semana.

"Temos um jogo eliminatório no domingo, e já na quarta-feira seguinte a Copa do Brasil. Duas eliminatórias em sequência. Tenho de mostrar a eles (jogadores) que o poder de superação é maior que os erros, essa é a função da comissão técnica. Um ou dois resultados positivos podem fazer o time estabilizar", concluiu.

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