Inter se irrita com decisão do TST: São Paulo quer perturbar Oscar

Giovanni Luigi acredita que São Paulo esteja tentando deixar Oscar perturbado com imbróglio. Foto: Wesley Santos/Futura Press

Giovanni Luigi acredita que São Paulo esteja tentando deixar Oscar "perturbado" com imbróglio

A decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) de não conceder efeito suspensivo para o meia Oscar causou muita irritação e indignação no presidente colorado Giovanni Luigi. O mandatário do Inter, que está com a delegação do time em Chiclayo, no Peru, para o jogo desta quinta-feira, pela Libertadores, contra o Juan Aurich, ficou sabendo da decisão do TST pelos advogados do Inter que estão em Porto Alegre.

"Nós encaramos com respeito, é uma decisão que não entrou no mérito, apenas retornou para o TRT-SP por não ter vencido todas as etapas e vamos continuar trabalhando no aspecto jurídico sobre o assunto", disse Giovanni Luigi.

O mandatário do time colorado também se manifestou sobre a nota divulgada pelo São Paulo, determinando a reapresentação de Oscar em um prazo de 90 dias.

"É uma forma de pressão do São Paulo e eles visam nesta estratégia ganhar tempo de forma a deixar o atleta impedido de poder participar da Olimpíada ou tentando deixar o jogador perturbado. E assim acabe o Oscar tomando uma decisão no afogadilho. É uma forma de pressão que moralmente deve abalar o atleta. O jogador já disse publicamente que quer ficar no Inter e eu não temo perder o Oscar e este assunto será definido pela Justiça", destacou o presidente do Inter.

"Eu agora tenho que medir as palavras para tomar o cuidado e não me manifestar mais forte sobre estes assuntos. O importante é que o Oscar é um trabalhador como qualquer brasileiro e portanto ele tem os seus direitos e pode exercer a sua profissão onde bem entender", finalizou Giovanni Luigi.

Entenda o caso

Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no final de 2009, alegando atraso de vencimentos e que também teria sido coagido a emancipar-se e assinar um contrato aos 16 anos, quando ainda era menor de idade. Assim, a renovação do vínculo foi desfeita por decisão da juíza Eumara Nogueira Borges Lyra Pimenta, da 40ª Vara do Trabalho de São Paulo, em 14 de junho de 2010, e Oscar pôde transferir-se à equipe colorada.

A Justiça ainda negaria uma liminar do São Paulo no mês de setembro de 2010, mas o clube apelou. O clube paulista só conseguiu uma vitória contundente em 21 de março de 2012, quando decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), do juiz relator Nelson Bueno de Prado, determinou que o contrato do jogador com o clube paulista fosse restabelecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

No mesmo dia a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) notificou o Internacional de que não poderia contar com Oscar tanto na disputa da Copa Libertadores quando no Campeonato Gaúcho. Ele segue sem atuar profissionalmente desde então. Ainda que a Justiça Trabalhista determine que o meia volte ao São Paulo, Oscar segue treinando em Porto Alegre.

O TRT determinará nos próximos dias o parecer final sobre o caso. Enquanto isso, o Internacional busca resolver o caso diretamente com o São Paulo. O clube gaúcho se reuniu com dirigentes paulistas e fez uma proposta pelo meia com valores pouco superiores a R$ 7 milhões, mas o clube do Morumbi recusou a oferta, avisando que aceita somente R$ 17 milhões e que pretende contar com o atleta.

Oscar, que pelo Internacional conquistou o título da Copa Libertadores da América de 2010 e a Recopa em 2011, está entre os 52 jogadores convocados por Mano Menezes para a disputa da Olimpíada de Londres com a Seleção Brasileira.

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