Icasa cobra indenização de R$ 30 milhões da CBF por disputar Série B

Presidente do Icasa na eleição da CBF

Presidente do Icasa na eleição da CBF

O Icasa entrou com uma segunda ação na Justiça, desta vez exigindo da CBF uma indenização pelo fato de ter que disputar a Série B do Brasileirão 2014. O valor pedido inclui receitas de bilheteria e cota de televisão, e pode chegar a R$ 30 milhões. A ação corre paralelamente com outra que tenta garantir ao clube cearense uma vaga na Série A.

O Icasa terminou a Série B na quinta colocação, um ponto atrás do Figueirense. O clube catarinense, porém, escalou o jogador Luan de forma irregular – ele ainda tinha contrato com outro clube. A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva constatou a irregularidade, mas não agiu por considerar o caso prescrito (que o prazo para entrar com ação tinha expirado). A própria CBF, em documentos que estão inclusos no processo, reconheceu que seu sistema apresentou falhas e não identificou o erro, o que levou o Icasa a entrar na Justiça por uma vaga na Série A.

"A CBF reconhece o erro, e o erro conduz À perda da chance de disputar a Série A. Além da cota da TV, o Icasa tem a bilheteria também. Temos como paradigma os jogos contra o Palmeiras na Série B no Ceará, por exemplo, no ano passado, nos quais a renda foi muito boa. na Série A, você teria Palmeiras, Corinthians, Flamengo, São paulo, Grêmio. Também tem a questão histórica: seria o primeiro time do interior das regiões Norte/Nordeste a disputar a Série A nesse formato. Outro fato, seria o único time do Ceará na Série A", explicou o advogado do clube, Carlos Eduardo Guerra.

Além cobrar a indenização, o Icasa também conseguiu uma pequena vitória na ação que move para tentar voltar à Série A. No último sábado de Páscoa, a CBF havia conseguido extinguir o processo, cassando uma liminar que a obrigava a colocar o clube na Série A. O Icasa recorreu, conseguiu reabrí-lo, e ainda pode restituir a liminar quando o recurso foi julgado.

"Para que essa decisão persistisse, teria que passar por um contraditório. Houve um agravo, foi recebido, julgado procedente, em parte: houve a manutenção da suspensão da liminar, o desembargador entendeu que, até julgar o agravo, a liminar está suspensa. A extinção do processo, porém, foi revogada" finalizou Guerra

UOL Esporte

Ponto de Opinião

Como a história da Portuguesa não foi para nenhum lugar, pouco provável que haja algum benefício ao Icasa, que corre o risco de até ser punido pela CBF se continuar nessa conversa. Não estamos aqui dizendo que os times não tem de brigar pelo seus direitos, pelo contrário, mas com um futebol mal representado que temos, vamos continuar a nadar de braçadas e morrer na praia.

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