Europa, México e China investem forte para contratar, Brasil fica para trás

Números da janela de transferência de jogadores – encerrada nesta segunda-feira – mostram que os principais mercados foram pouco abalados pela restrição de investidores imposta pela Fifa. Um efeito bem diferente do Brasil onde as contratações caíram drasticamente após a limitação válida em 2015. Até os clubes mexicanos ousaram mais do que os brasileiros.

Foram encerradas as janelas de transferências de inverno em países como Espanha, Alemanha, Itália, Inglaterra e França – é o período menos forte por lá. Desses, os clubes alemães, italianos e espanhóis aumentaram os gastos em relação ao inverno de 2014. Entre os ingleses, maiores investidores, houve pequena queda no valor. Só a França teve redução significativa no custo das transações.

No total, essas cinco ligas gastaram US$ 332 milhões com o lugar de maiores gastadores ocupado pelos ingleses com US$ 121 milhões. A média de transações saltou de US$ 2,5 milhões para US$ 3,6 milhões já que caiu o total de negociações de 460 para 345.

Até o México aumentou o investimento em atletas, saltando para US$ 48 milhões, quase o triplo do último inverno. Não há números oficiais para a China – cuja janela não fecha agora -, mas aumentou consideravelmente o gasto dos times locais com contratações como pode ser demonstrado pelo ataque ao mercado brasileiro.

Enquanto isso, em terras nacionais, os clubes brasileiros tiveram investimento reduzido em contratações por conta da grave crise financeira, e da proibição de investimentos por parte de terceiros.

“Quem foi afetado foi Portugal e os clubes menores da Espanha que questionam a medida da Fifa. Os clubes ricos nada sofreram porque não usavam investidores, assim como toda a Alemanha'', contou o advogado especialista em direito internacional, Marcos Motta. “Enquanto isso, o mercado no Brasil foi horroroso. Aumentou o abismo.''

No Brasil, quem investiu dinheiro próprio em contratação foi o Palmeiras, com Dudu, o Cruzeiro, com o uruguaio De Arrascaeta, e o São Paulo, que decidiu gastar com Centurión, Thiago Mendes e Jonatha Cafu. Nenhum deles, no entanto, tem sobras no caixa para investir forte, tendo obtido recursos com vendas, ou antecipações de receita.

UOL Esporte

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