Palmeiras não vence Corinthians há 4 anos. Dérbi já tem cara de decisão













Nos dois últimos jogos, as arquibancadas do Allianz Parque têm entoado uma canção curiosa: "É dia oi-to! É dia oi-to!". É uma referência ao dia 8 de fevereiro de 2014, domingo agora, quando Palmeiras e Corinthians vão se enfrentar no primeiro clássico do novo estádio.

A empolgação da torcida em relação à partida tem explicação no passado, distante e recente. O Palmeiras não vence um clássico com o Corinthians há quatro anos e também mantém uma freguesia para seus outros dois maiores rivais.

Nos últimos 22 jogos contra seus rivais estaduias, o Palmeiras perdeu 12, empatou nove e venceu apenas uma partida, contra o São Paulo no ano passado.

A saudade de vencer um clássico não é compartilhada pelo técnico Oswaldo de Oliveira, já que ele foi um dos responsáveis pelas duas últimas derrotas do Palmeiras para seu antigo clube, o Santos. Mas o treinador se diz consciente da responsabilidade de um bom resultado no domingo, diante da empolgação do torcedor.

Agora a situação do Palmeiras é diferente, e a contratação de 19 reforços faz desse início de temporada o mais promissor dos últimos tempos na Academia de Futebol.

O jogo de domingo é tão importante que Oswaldo não fará os testes que vem fazendo ultimamente e levará a campo os onze jogadores que ele considera mais aptos a entrar em campo. "Não pretendo promover a estreia de nenhum reforço", afirmou ele, após a derrota para a Ponte Preta, quando vários atletas tiveram a chance de atuar pela primeira vez em uma partida oficial.

O capitão Zé Roberto, acostumado a jogar clássicos, voltará ao time depois de ser poupado no meio de semana. Ao citar o pastor norte-americano Martin Luther King, o lateral chegou a dizer que vencer o Corinthians é seu sonho.

"Joguei vários clássicos, mas Corinthians e Palmeiras é diferente, mexe com a cidade, os torcedores ficam entusiasmados e há muita cobrança. Isso tudo vira motivação para quebrar esse protocolo de não vencer clássico há tantos anos", afirmou o jogador.

Palmeiras perdeu nos bastidores

Mais um ingrediente para apimentar o clássico foi o duelo de bastidores travado entre as duas diretorias nas vésperas do clássico. O presidente Paulo Nobre queria torcida única na partida, temendo violência e não querendo perder dinheiro em seu estádio, mas o corintiano Mario Gobbi bateu o pé e ameaçou não levar seu time a campo caso não houvesse venda de ingressos para o Corinthians.

A pressão de Gobbi surtiu efeito, a federação paulista voltou atrás e Nobre aceitou a cessão de ingresso para o Corinthians. Uma vitória política no último dia de mandato de Gobbi, depois de uma entrevista coletiva em que ele ameaçou cortar relações com Nobre, caso o Palmeiras não fizesse sua vontade.

É nesse caldeirão que as duas equipes entrarão em campo, em um duelo com mais importância do que a terceira rodada do Campeonato Paulista sugere. Como a torcida palmeirense tem nos lembrado há dois jogo: "É dia oi-to!"

UOL Esporte

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