Melhor do mundo não vai ao Pan, mas quer chegar voando ao Mundial

(Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto)














Melhor jogadora de Handebol do mundo na atualidade e uma das caras mais conhecidas da seleção brasileira, Eduarda Amorim, a Duda, não estará nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho. Motivo de decepção e frustração, certo? Não para ela. Em fase final de recuperação de cirurgia no joelho esquerdo, a armadora de 28 anos quer mesmo é chegar voando ao Mundial da Dinamarca, em dezembro, quando o Brasil defenderá o título conquistado na Sérvia, em 2013.

E para isso sabe que terá um trabalho árduo ao longo das próximas semanas.

Operada do joelho no fim de novembro do ano passado após sofrer lesão no ligamento em um amistoso contra a Tunísia, ela só retomou os treinos com bola há pouco menos de dez dias.  Voltar a jogar, só pensa em fazê-lo dentro de dois ou três meses. Até lá, seguirá com o intenso trabalho de fisioterapia, musculação, corridas e treinos na quadra.

"Jogar o Pan agora seria um grande risco, não estou preparada. Penso que em dois meses estarei apta para voltar a jogar. Quero voltar à quadra da melhor maneira possível. Agora voltei a treinar com bola e fazer movimento, que é algo que eu gosto. Mas o processo todo é meio maçante. Todo santo dia tenho de fazer musculação, exercícios de repetição de salto, fisioterapia", disse Duda, que recentemente postou um vídeo em seu perfil no Facebook fazendo arremessos sentada em uma cadeira para não forçar os membros inferiores.


Para a jogadora do Győri ETO KC (HUN), o momento é de readaptar o corpo às exigências do jogo e retomar a confiança perdida até para fazer coisas simples, como caminhar ou correr.

"Claro que tenho este objetivo de voltar a jogar em dois meses, mas vai depender muito da reação do corpo, de não sentir nenhuma dor e acostumar o joelho com todos os movimentos, recuperar a confiança perdida", disse a armadora, que jamais havia sofrido uma lesão tão grave ao longo de toda a sua carreira.
"Espero que esta seja a primeira a última", afirmou, sem perder o bom humor.

"Claro que nunca existe uma hora boa para se ter uma lesão. Mas ficar fora do Mundial seria muito mais doloroso do que ficar fora do Pan", completou a jogadora que tem aproveitado o tempo afastada das quadras para viajar mais e ficar perto da família que vive na cidade de Blumenau (SC).

Mesmo sem a sua presença em Toronto, Duda acredita que a seleção brasileira dificilmente deixará o Canada sem a medalha de ouro – o Brasil venceu as quatro últimas edições do torneio.

"As outras jogadoras que estão na equipe vão dar conta, estão vivendo um bom momento e queremos medalhar em todas as competições que disputarmos", disse Duda.

Ainda que esteja afastada das quadras e não tenha disputado uma partida desde que ganhou o título de melhor do mundo em março deste ano, a jogadora disse que muita coisa mudou em sua vida desde o fim da eleição promovida pela Federação Internacional de Handebol (IHF, em inglês).

"Hoje as pessoas me conhece muito mais aqui no Brasil. Quando estou na rua, no aeroporto, param e me pedem foto, o que não conseguia antes. Recebo muitas mensagens em meu Facebook de pessoas dizendo que começaram a jogar handebol por minha causa. Fico muito feliz com isso. Até a atenção que eu recebo da mídia aumentou", disse.

UOL Esporte

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