Ricardo Mello nega ter pedido para ficar fora da Davis

O brasileiro Ricardo Mello foi eliminado nesta quarta-feira logo na primeira rodada do Masters 1000 de Miami, nos Estados Unidos. Foto: AP

Mello diz que participação em outro torneio na mesma época da disputa contra o Uruguai foi coincidência

Em busca de uma vaga no playoff do Grupo Mundial da Copa Davis, o Brasil visita o Uruguai entre os dias 8 e 10 de julho. No mesmo período, Ricardo Mello jogará o Kansas City Explorers no World Team Tennis (WTT), um bem remunerado circuito de exibições americano. Fora da Davis, o número dois nacional falou em coincidência de datas e negou que tenha pedido ao capitão João Zwetsch para não ser convocado.

"Eventos como o WTT, nos Estados Unidos, e os Interclubes, na Europa, já existem há muitos anos. Muitos jogadores participam, até mesmo aqueles entre os 20 primeiros do mundo. A minha participação no WTT deste ano, na mesma época do confronto entre Brasil e Uruguai , foi pura coincidência", disse o atleta através de sua assessoria de imprensa.

Ricardo Mello é um dos tenistas que contam com patrocínio dos Correios em um programa criado pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT). O contrato firmado entre as partes estabelece que os jogadores são obrigados a participar da Copa Davis caso sejam convocados. Questionado sobre o assunto, o atleta negou um acordo com Zwetsch para não ser chamado.

"Quero deixar claro que não pedi para não ser convocado. O que está acontecendo este ano também aconteceu no ano passado. Não participei da primeira fase entre Brasil e Uruguai, que foi disputada em Bauru. Marcos Daniel jogou com Thomaz Bellucci no saibro, e só joguei a repescagem contra a Índia, na quadra rápida", afirmou o tenista.

Atual 29º colocado no ranking da ATP, Ricardo Mello é o segundo melhor representante do Brasil na lista. Para enfrentar o Uruguai, Zwetsch chamou Thomaz Bellucci, Bruno Soares, Rogério Dutra da Silva e João Souza, os dois últimos novatos na Davis. Mais experimentado que a dupla, Ricardo Mello descarta qualquer tipo de receio em caso de um resultado negativo diante do Uruguai. "Não tenho receio de ser criticado. Vou estar de longe torcendo muito para os meus companheiros e acredito muito na vitória do Brasil", declarou o tenista.

O capitão João Zwetsch foi procurado, sem sucesso. Uma semana antes de divulgar a equipe, ele citou Mello como um dos possíveis convocados e garantiu que a formação do time seria baseada em critérios técnicos. "Com a experiência que tem e o nível em que joga atualmente, o Ricardo sempre é um tenista que tem chance de integrar a nossa equipe", disse Zwetsch na época. Depois, ele afirmou que os jogos em Montevidéu serão lentos, característica que não agrada Mello. "A definição do grupo é feita em função das condições que vamos encontrar no Uruguai", afirmou.

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