Ferrari diz que esperava mais após Schumacher abrir caminho a Vettel

Presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo abraça Michael Schumacher, em foto de janeiro de 2006. Foto: Getty Images

Presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo abraça Michael Schumacher, em foto de janeiro de 2006

A temporada 2012 da Fórmula 1 se encerrou em 25 de novembro com oGrande Prêmio do Brasil, mas uma atitude de Michael Schumacher na prova ainda não foi esquecida pela Ferrari. Presidente da montadora italiana, Luca di Montezemolo admitiu a decepção com o piloto alemão, que reconheceu ter facilitado a ultrapassagem do compatriota Sebastian Vettel no final da 20ª e última etapa do calendário da categoria.

Segundo publica o site do jornal italiano TuttoSport, Di Montezemolo afirmou que esperava "uma última corrida diferente para Michael, um piloto que fez parte da história da Ferrari". O dirigente ainda disse que falava sobre o assunto "com um pouco de amargura".

Na 65ª das 71 voltas programadas para o GP do Brasil, Vettel ultrapassou Schumacher em um momento no qual o Circuito de Interlagos tinha a pista molhada devido à chuva que aumentada em intensidade. O piloto da Red Bull estava no sétimo lugar, sendo ameaçado pelo japonês Kamui Kobayashi, da Sauber, e poderia perder o título se cruzasse a linha de chegada em oitavo.

Com Schumacher à sua frente, Vettel encontrou poucas dificuldades e assumiu a sexta posição, o que obrigavaFernando Alonso a vencer para ser o melhor da temporada - como o espanhol terminou no segundo posto, o alemão pôde comemorar o tricampeonato mundial com três pontos de vantagem sobre o rival da Ferrari.

Schumacher, que encerrou a carreira sendo o sétimo colocado da prova com a Mercedes, é amigo de Vettel e parabenizou o colega pela nova conquista na F1. "Na minha situação, e com ele buscando o titulo, acho que foi natural abrir caminho para ele. Eu não precisava me envolver nisso", comentou na ocasião.

Schumacher, 43 anos, é o piloto que mais disputou corridas pela Ferrari na história da categoria, com 180. De seus sete títulos mundiais, cinco vieram pela equipe, em 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004. Nessa época, Di Montezemolo já era o presidente da montadora, tendo assumido o cargo em 1991.

Terra

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