Dia da caça: eliminatórias da Euro têm marcas históricas de países nanicos

Liechtenstein (vermelho) venceu Moldova por 1 a 0; foi a primeira vitória em 10 anos














As populações de San Marino, Gibraltar, Liechteinstein e Ilhas Faroe, isoladamente, não são suficientes para encher o novo Maracanã (78 mil pessoas); somadas, ficam abaixo do recorde de público do estádio carioca (199 mil torcedores). São países de pouca tradição no futebol, que obtiveram marcas históricas na rodada do fim de semana das eliminatórias para a Euro 2016.

Acostumados ao papel de saco de pancadas das grandes seleções, esses países tiveram pela frente adversários não tão fortes – com exceção de Gibraltar, que encarou a Alemanha – e surpreenderam. As chances de classificação, para todos, continuam sendo muito remotas. De qualquer maneira, as zebras do fim de semana já podem ser comemoradas como títulos.

San Marino (32 mil habitantes): empate em 0 a 0 contra Estônia

San Marino conquistou um ponto no empate sem gols contra a Estônia
Para qualquer um, empatar em zero a zero com a Estônia dificilmente pode ser considerado um grande resultado – menos para San Marino. O pequeno país, situado dentro da Itália, conquistou o primeiro ponto nas eliminatórias da Euro em sua história.

A sequência de derrotas durava dez anos – impressionantes 61 partidas. A última vitória do país foi em em 2004, em um amistoso contra Liechtenstein. San Marino ainda ocupa a última colocação no Grupo E, sem chances de classificação.

Liechteinstein (37 mil habitantes): vitória por 1 a 0 contra Moldova

Último país a ser derrotado por San Marino, Liechteinstein saiu da rodada com três pontos, conquistados a duras penas diante de Moldova – gol de falta de Franz Burgmeier. O jejum, neste caso, era menor: a última vitória tinha acontecido em 2012, contra Andorra.

Jogando fora de casa, porém, a pequena nação encerrou um tabu de dez anos sem vitória: a última tinha sido em 2004, contra Luxemburgo. Com quatro pontos, é o penúltimo colocado no Grupo G.

Ilhas Faroe (50 mil habitantes): vitória por 1 a 0 contra Grécia


O maior dentre os micropaíses que surpreenderam no fim de semana, as Ilhas Faroe conseguiram, em um jogo truncado, bater um adversário que esteve na Copa do Mundo de 2014: a Grécia.

Joan Edmundsson marcou o gol da vitória – a 20ª na história do país, que começou a disputar competições internacionais em 1988. O choque foi tão grande que Claudio Ranieri, treinador da Grécia, acabou demitido. Ilhas Faroe ocupa a penúltima posição no Grupo F, justamente à frente dos gregos.

Gibraltar (30 mil habitantes): derrota por 4 a 0 para a Alemanha

Pode parecer estranho uma seleção ser considerada "zebra" por ter sido goleada por 4 a 0. Por isso, Gibraltar precisa agradecer ao Brasil. Jogando na Alemanha, conseguiu levar apenas quatro gols da atual campeã mundial.

Esses quatro gols, para um país de 30 mil habitantes, fora de casa, podem ser considerados uma vitória. Por que? Basta lembrar que o Brasil, atuando em casa, com a torcida a seu favor, levou sete gols – quatro deles em um intervalo de seis minutos.

Outras surpresas

Não chegou a ser uma grande zebra, já que a rival foi a frágil seleção de Andorra. Mas, jogando em casa, o Chipre venceu os andorranos por 5 a 0, com direito a três gols de Georgios Efrem.

Foi a segunda vitória do Chipre nas Eliminatórias para a Euro 2016. A equipe – que não havia vencido nenhum jogo nas Eliminatórias para a Euro 2012 – tem seis pontos no Grupo B, atrás de País de Gales (oito) e Israel (seis).

UOL Esporte

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