Pós-Copa, europeus ignoram "padrão Fifa" com fogos, brigas e invasões















Quem está acompanhando o futebol europeu neste segundo semestre já deve ter notado que pouca gente no Velho Continente está seguindo o "padrão Fifa". Seja em jogos de Liga dos Campeões ou nas Eliminatórias para a Eurocopa, nem todos que vão aos estádios respeitam regras, seguem padrões de comportamento e se comportam como plateia. Pelo contrário. Sobram fogos, sinalizadores, brigas e invasões de campo.

O último episódio "transgressor" aconteceu no jogo entre Basel e Real Madrid, na última quarta, pela quinta rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Na comportada Suíça, pelo menos três torcedores invadiram o gramado a dois minutos do tempo regulamentar, dando trabalho para os seguranças presentes.

O incidente está longe de ser isolado. Desde a Copa, invasões marcaram vários jogos europeus, especialmente aqueles envolvendo grandes times como Barcelona e Real Madrid. Em geral os invasores são adolescentes ávidos por uma foto, um autógrafo ou um simples afago em um ídolo. Às vezes, porém, os torcedores são mais preocupantes que isso.

Na mesma Liga dos Campeões, o Galatasaray tem sofrido com a própria torcida. Em dois jogos, contra Arsenal e Borussia Dortmund, a torcida turca atirou sinalizadores no campo e paralisaram a partida. Contra os alemães, o temor por uma punição fez com que os jogadores pedissem calma ao público.

Nas Eliminatórias, as tensões envolvendo países foram ainda mais longe. No jogo entre Croácia e Itália, por exemplo, os torcedores dos Bálcãs criaram confusão na arquibancada e entraram em conflito com a polícia em Milão. O jogo teve de ser paralisado e a Croácia está arriscada a perder mandos de campo por causa da confusão.

A Itália, aliás, sofreu com os visitantes. Dias depois do confronto com os croatas, albaneses que foram a Genoa invadiram o gramado e atiraram sinalizadores, forçando a paralisação da partida. O pior episódio, porém, foi em Belgrado, na Sérvia.

Em outubro, a seleção da casa encarou a Albânia, em um jogo carregado de significado político. No meio do confronto, um drone entrou em campo carregando a bandeira albanesa. Um jogador sérvio recolheu o objeto e os jogadores iniciaram uma batalha campal, com direito a cadeiradas. O jogo foi suspenso e a Uefa teve de intervir, punindo as duas seleções com dois jogos com portões fechados. 

UOL Esporte

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