Queda-de-braço entre Palmeiras e W/Torre atrapalha operação da arena



Embora com quase todas as suas instalações estejam prontas, a Arena Palmeiras teve problemas na operação do estádio como sujeira e improvisos em sua estreia. Essas questões foram causadas em grande parte pela queda-de-braço entre a W/Torre e o clube. Ressalte-se: foi o Palmeiras o responsável pela organização da partida.

Até agora é a W/Torre quem opera o estádio no dia a dia e, portanto, quem conhece melhor as instalações. Foi a construtora que organizou os dois eventos-testes anteriores. Só que, para a estreia da arena, o Palmeiras afirmou que assumiria toda a logística porque a partida era sua.

O maior problema foi a quantidade de poeira espalhada pelo estádio. A reportagem viu torcedores reclamando da sujeira para atendentes. A empresa de limpeza contratada pelo Palmeiras demorou a entrar no estádio pelo que apurou o blog. Mas o clube reclama de só ter tido acesso à arena a poucas horas do jogo.

Houve problemas ainda de orientação para os torcedores, que tinham que dar voltas sem receber instruções a quais setores deveriam se dirigir. A reportagem também verificou que havia desorganização na movimentação interna dos torcedores, e nos acessos das bilheterias com pessoas em locais não permitidos constantemente. Houve casos de torcedor com ingresso para lugar inexistente.

Na avaliação da construtora, a equipe que atuou no estádio foi reduzida em relação ao que é necessário para limpeza, orientação e seguraça. E o staff palmeirense está desacostumado a atuar na arena, já que vinha fazendo jogos no Pacaembu.

Em compensação, nos bastidores, o clube alega que houve várias mudanças do momento em que seria entregue à arena para os palmeirenses. Funcionários alviverdes ainda reclamaram de instalações do estádio, ou por estarem fora do lugar ou por serem pequenos.

Fato é que o Palmeiras vai continuar a operar os jogos do estádio, enquanto a W/Torre vai operá-lo no dia a dia. O clube terá direito a renda, descontados os valores de despesas da arena. Mas os dois lados terão de se entender em relação à logística ou a disputa que ocorre na corte de arbitragem por direito de negociar assentos afetará o torcedor.

UOL Esporte

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