O regulamento do Paulista-2015 estabeleceu o limite de atletas a serem utilizados para impedir garotos da divisão de base e manteve o preço do ingresso mínimo em R$ 40,00. Com isso, o Estadual torna-se a competição mais cara do país. E é o único campeonato a ter confirmada imposição aos clubes sobre uso do elenco para evitar times mistos.
Os maiores prejudicados serão os grandes times de São Paulo obrigados a aumentar valores de bilhetes de ingresso e a utilizar um elenco reduzido no regional, sem possibilidade de poupar titulares. Apenas a equipe do Morumbi reclamou por só poder usar 28 jogadores. Os outros, Palmeiras, Corinthians e Santos, aprovaram o regulamento.
O blog apurou as regras já aprovadas ou previstas para os Estaduais que envolvem times da Série A: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. Apenas um deles fala em restrição de uso de elenco, o Gaúchão, e nenhum tem o patamar de preço dos ingressos de São Paulo.
“Não tem limitação para uso de jogadores. Os elencos desses times são grandes. Se ficar interferindo muito, não funciona. Não há interferência'', afirmou o presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues. “Esse negócio do Atlético-PR usar só a base é utopia. Eles usam sub-23 porque é o time que levam para o Brasileiro. Mas não vejo assim (necessidade de restrição). Não vamos usar'', completou Hélio Cury, da Federação Paranaense.
Apenas no Rio Grande do Sul há uma proposta para restringir o Estadual a 32 jogadores por time, o que será decidido no arbitral. “Sou a favor. O pessoal do Inter vai querer o meu sangue. Mas imagina o time do interior que joga contra o titular e depois o outro pega o reserva? Desequilibra a briga contra o rebaixamento'', afirmou Francisco Noveletto, presidente da Federação Gaúcha.
Como ocorreu em São Paulo, há pressão da Globo para que sejam usados os titulares no Gaúchão. Noveletto admitiu ainda aumentar o valor mínimo do ingresso de R$ 20,00 para R$ 30,00, ainda bem longe do valor do Paulista.
Em Minas, o patamar ficou em R$ 10,00, no Paraná, está em R$ 20,00, na Bahia, em R$ 10,00, e em Pernambuco, em R$ 15,00. No Rio de Janeiro, não há um preço mínimo. Dirigentes catarinense não foram encontrados, mas o regulamento de 2014 não previa valor obrigatório.
Pelo contrário, o que há é incentivo para ir ao estádio, com cotas entre os cariocas e trocas de notas fiwscais entre os pernambucanos.
No caso do Paulista, São Paulo, Palmeiras e Santos têm cobrado no Brasileiro preços inferiores ao que foi estabelecido para no Estadual. Seus valores variam entre R$ 10,00 e R$ 30,00 no valor cheio mínimo. Terão que aumentar seus valores para atingir o patamar pedido pela FPF (Federação Paulista de Futebol). Isso em uma competição menos importante. Nem o Nacional, nem a Copa do Brasil têm valor mínimo de ingresso.
Lembre-se ainda que outros Estaduais, como o Mineiro e o Pernambucano, têm muito menos datas do que as longas 19 disponíveis para o Paulista.
UOL Esporte
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