Teixeira confirma "puxão de orelha" da Fifa, mas minimiza atrasos

O planejamento das obras para o Brasil receber a Copa do Mundo de 2014 está atrasado, conforme admitiu o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador do Mundial, Ricardo Teixeira nesta sexta-feira, em São Paulo. No entanto, apesar de reconhecer a demora de alguns municípios e um "puxão de orelhas" da Fifa para acelerar as reformas, o dirigente tratou de minimizar os problemas ao dizer que não é tã grave como foi noticiado nos últimos dias.

"Não sinto incômodo nenhum como presidente do Comitê Organizador. Relatamos para a Fifa como estava o andamento das obras e levamos um puxão de orelha. Mas, nesta semana, as coisas se adiantaram bem, pela vistoria que fizemos. Foi exagerado o problema do atraso, que na verdade não é tão grande", disse Teixeira, em evento realizado na capital paulista, onde anunciou novo patrocinador para a Seleção Brasileira até a Copa do Mundo de 2014.

Ao esclarecer as dificuldades para acelerar o projeto das sedes, o mandatário da CBF apontou a burocracia dos processos administrativos como principal culpado pelo descumprimento dos prazos prometidos à Fifa. No entanto, acredita que esta fase está próxima do fim, fato que deve iniciar as obras nos principais estádios e cidades brasileiras. Antes disso, o próximo passo é as garantias econoômicas dos municípios.

"Sabemos dos segmentos que temos que passar, no Brasil, para que as obras comecem. Grande parte deles, os atrasos, ocorreram devido ao início das licitações. A partir do momento em que se têm os processos aprovados, começa o projeto efetivamente de obra. Por isso, o comitê deu um mês para àqueles que têm aprovados os projetos que provem a viabilidade econômica de construir os estádios. Essa é a questão que vai ser discutida nós próximos 30 dias", disse

Na entrevista de lançamento da Nestlé como nova patrocinadora da Seleção Brasileira até a Copa de 2014, Teixeira também fez questão de negar as declarações do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que insatisfeito com a demora, pediu substituição das sedes que apresentam atrasos no andamento das reformas e até uma redução, dizendo ser possível realizar a Copa com apenas seis estádios.

"Não há nenhum pensamento da Fifa em diminuir o número de sedes. A decisão de 12 cidades não ficou simplesmente fechada dentro do Comitê Organizador ou dentro da Fifa. Os 23 membros do Comitê Executivo votaram para que houvesse 12 cidades, não só pelo futebol do Brasil, mas também pelo tamanho continental do País", explicou Teixeira

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