Pelé cita indefinição em São Paulo e teme "vergonha" na Copa 2014

A preparação do Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014 preocupa Pelé. Mais do que demonstrar receio com a estrutura do País a pouco mais de três anos do campeonato, o ex-jogador citou a indefinição em São Paulo e contou que teme passar vergonha.

"O Brasil tem obrigação de fazer uma boa Copa do Mundo. Infelizmente, já está atrasando e tem essa polêmica em São Paulo. O Campeonato Paulista é a base do futebol brasileiro, e isso já deveria estar definido, mas ainda não foi", declarou Pelé, que participou de todos os Mundiais entre 1958 e 1970.

A cidade de São Paulo deseja receber o jogo de abertura no Mundial e aposta no futuro estádio do Corinthians depois de a Fifa rejeitar o Morumbi. No entanto, a arena alvinegra ainda busca financiamento para aumentar a capacidade prevista inicialmente e se adequar às exigências para abrigar o primeiro jogo da Copa.

Depois de participar da campanha vitoriosa da candidatura nacional, Pelé está receoso. "O Brasil está correndo risco de envergonhar a gente na maneira de administrar a Copa do Mundo, principalmente na comunicação. Os aeroportos são os que estão assustando mais", afirmou.

Pelé também lembrou que a Olimpíada de 2016 será realizada no Rio de Janeiro e contou que chegou a falar com Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). "Está todo mundo preocupado. Na reunião da Fifa, o pessoal da comissão também perguntou o que está acontecendo com o Brasil", contou.

Tricampeão mundial em 1958, 1962 e 1970, o ex-jogador do Santos ainda rejeitou qualquer tipo de comparação na preparação da África do Sul para sediar a Copa do Mundo de 2010 com o trabalho que precisa ser desenvolvido pelo Brasil para receber o campeonato em 2014.

Ele comentou o assunto durante evento promocional realizado em São Paulo na tarde desta sexta-feira. Em sua mensagem de despedida, além de agradecer ao patrocinador, Pelé voltou a abordar a preparação do País. "Vamos torcer para que nossos dirigentes se apressem, porque vai ser ruim para o Brasil se a coisa não sair bem", finalizou.

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