Brasileirão mantém escrita com queda de grande e "elite" na Libertadores














Botafogo rebaixado e um grupo de times classificados para a Libertadores que não chega a ser surpresa. Esses dois fatos ocorridos no Campeonato Brasileiro de 2014 evidenciam algumas das tendências dos pontos corridos após 12 edições: o fantasma da degola que assombra os grandes e um grupo "de elite" na parte de cima da tabela.

A queda do clube carioca significa a sétima de um dos 12 grandes clubes do país desde 2003, contra apenas quatro desde a primeira edição, em 1971, até a de 2002. Os números poderiam ser até piores em 2014, já que o Palmeiras lutou até a última rodada e poderia aumentar o número para oito. A quantidade total também poderia ser ainda maior se ano passado o Fluminense não tivesse sido salvo pelo caso Héverton, com a queda da Portuguesa, depois de terminar a competição na zona de rebaixamento.

Mas enquanto alguns dos grandes capengam, outros cada vez mais se estabelecem no G4. A zona de classificação para a Libertadores está mais restrita a poucos "vips", que gostaram de frequentar aquela parte e não estão dispostos a abrir muitas brechas para os demais. Os quatro primeiros colocados do torneio estão entre os cinco que mais vezes foram ao torneio sul-americano por terminarem nas primeiras posições.

Veja alguns dos fatos que marcaram a edição de 2014 do Nacional.

Risco de queda para os grandes
2014 ratificou uma tendência dos pontos corridos: os grandes caindo. A queda do Botafogo foi a sétima de um dos 12 grandes clubes em 12 edições no atual sistema. Ou seja, a cada duas edições um grande cai. Botafogo (2014), Vasco (2008 e 2013), Palmeiras (2012), Corinthians (2007), Atlético-MG (2005) e Grêmio (2004) já terminaram na zona de degola.

Cruzeiro recordista
A vitória sobre o Fluminense, no domingo, fez o Cruzeiro atingir a maior pontuação da história dos pontos corridos desde 2006, com o formato de 20 equipes. A equipe celeste superou o São Paulo, que naquele mesmo foi campeão com 78 pontos. O time mineiro também é dono do recorde total de pontos, com 100, em 2003, quando haviam 24 equipes.

Grupo "vip" no G4
A atual edição foi a que mais evidenciou a tendência de um grupo seleto de times cada vez mais dominar o G4 e as vagas para a Libertadores do ano seguinte. São Paulo (8 vezes nesta zona), Cruzeiro (7) e Internacional (5) foram mais uma vez em 2014 e formam o pódio no quesito. Corinthians (4), que ficou com a última vaga, só fica historicamente atrás do Grêmio (5).

Roupa nova com arenas modernas
A atual edição viu a estreia de seis novos estádios que foram inaugurados esse ano e abrigaram jogos da competição: Itaquerão, Allianz Parque, Arena Pantanal, Arena Amazônia, Beira-Rio e Arena da Baixada, estes dois últimos reformados. Se considerados os estádios novos que já haviam estreado em 2013, chegam a 11, com Mineirão, Fonte Nova, Arena Pernambuco, Maracanã e Mané Garrincha.

Nordestinos novamente em baixa
Com os rebaixamentos de Vitória e Bahia no Brasileiro de 2014, a próxima edição voltará a ter o pior número de representantes nordestinos na história dos pontos corridos; apenas um, o Sport. Em 13 edições no atual formato (considerando 2015), só três vezes a região teve número tão baixo de clubes na elite.

Catarinenses superam cariocas
O Brasileiro de 2014 fará, pela primeira vez na história, catarinenses superarem os cariocas em número de clubes na Série A, no próximo ano. A queda do Botafogo deixará a elite só com Flamengo (único time do RJ que nunca caiu), Vasco e Fluminense em 2015. Santa Catarina terá os recém-promovidos Joinville e Avaí, que farão companhia a Chapecoense e Figueirense, que conseguiram se manter.

UOL Esporte

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