COB faz rateio da Lei Piva para 2015. Parte maior ficará com próprio comitê














Ficará mais dinheiro da Lei Piva nos cofres do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em 2015 do que será distribuído às 29 confederações de esportes olímpicos de inverno e de verão. É o que divulgou a entidade no final da tarde desta segunda-feira (01/12), em comunicado à imprensa.

A entidade estima que será contemplada com aproximadamente R$ 202,3 milhões do prêmio das Loterias, via lei Piva. Desde 2001, 2% do prêmio das loterias federais é destinado ao Comitê Olímpico Brasileiro (1,7%) e  Comitê Paraolímpico Brasileiro (0,3%).

Pouco mais de R$ 30 milhões arrecadados no próximo ano serão destinados ao desporto escolar e universitário, previstos por lei. E as confederações terão de repartir R$ 82,3 milhões. Enquanto isso, o COB reterá R$ 89,6 milhões.

Dentro valor distribuído às modalidades, atletismo, desportos aquáticos, judô, vela e vôlei receberão o teto de R$ 3,9 milhões para todo o ano. "O comitê levou em conta todas as fontes de receita de cada confederação no planejamento anual da modalidade, tais como patrocínios, convênios com o Ministério do Esporte, Plano Brasil Medalhas e projetos através da Lei de Incentivo ao Esporte, entre outros", justificou a entidade em nota.

O COB administrará diretamente R$ 54,3 milhões, que , segundo o comunicado à imprensa, serão investidos "em atividades operacionais, administrativas, projetos orientados especificamente para treinamento e preparação de atletas e equipes e no Instituto Olímpico Brasileiro". O comitê informou que aplicará outros R$ 35,3 milhões para atender "a projetos alinhados ao planejamento estratégico de preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016." Totalizando a porção de R$ 89,6 milhões. 

É o COB o responsável pela equipe de atletas que representará o Brasil nos Jogos-2016. Em outras palavras, o comitê que determinará o destino destes R$ 35,3 milhões, atuando diretamente na preparação dos atletas para 2016. Uma característica também das confederações. Em 2013, a previsão era de utilizar R$ 21 milhões e, em 2014, este valor subiu para R$ 23,9 milhões. Assim, esta é a porção do montante da Lei Piva que teve o maior acréscimo para 2015.

Com esta medida, a entidade toma uma atitude diferente da que vinha tendo em anos anteriores. Ela abre mão de repassar verba ao fundo de reserva, que não foi citado no comunicado da entidade e funciona como uma espécie de poupança para emergências ou até mesmo manutenção da entidade e repasse às confederações caso a lei venha a ser extinta, entre outros fins.

UOL Esporte

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