Com passes precisos e lucidez, Dudu empolga técnico e torcida do Palmeiras

Ele tinha grandes expectativas sobre si e conseguiu respondê-las bem em seus primeiros 45 minutos com a camisa do Palmeiras. O meia-atacante Dudu já empolgou a torcida e o técnico alviverde, Oswaldo de Oliveira, depois de seu bom desempenho na vitória sobre o Red Bull Brasil (3 a 2) no domingo.

Ele havia sido contratado como um atacante velocista, principalmente por sua última passagem pelo Grêmio, mas no Allianz Parque mostrou um talento diferente: os passes para gol. Ele deu a assistência para dois gols, deixou companheiros em boa posição algumas vezes, além de ter participado da organização do meio-campo do time.

Oswaldo disse que já esperava esse bom desempenho.

"Não me surpreende porque ele é um jogador que temos observado há bastante tempo", afirmou o treinador após a partida. Ele disse que já pensa em usar Dudu até em outras posições do campo, como na armação das jogadas.

"A minha pretensão não é utilizá-lo somente aberto do lado esquerdo, como uma válvula de escape, justamente por essa lucidez que ele tem. Quero que ele tenha mais participação no jogo, que ele renda mais do que em uma situação limitada de um lado do campo."

Caso realmente se mostre mais apto a jogar no meio, Dudu poderia ser também uma boa alternativa a Valdívia, que continua machucado e ainda não tem data para voltar a jogar.

Alan Patrick, que também é meia e fez gol na vitória sobre o Red Bull, seria outra opção. O Palmeiras de 2015 parece menos dependente de seu camisa 10 chileno.

Apesar do bom desempenho de Dudu, Oswaldo ainda espera que ele acelere seu recondicionamento físico porque, envolvido em uma cansativa negociação entre os grandes de São Paulo, o meia-atacante acabou começando a pré-temporada um pouco mais tarde. "Ele precisa acelerar no treinamento para se recondicionar melhor", afirmou Oswaldo.

A empolgação da torcida sobre Dudu tem razão de ser. Ele foi a contratação mais surpreendente no mercado paulista neste início de ano. Disputado durante semanas por São Paulo e Corinthians, ele acabou sendo convencido a jogar pelo rival alviverde depois de dois dias de conversa com a diretoria.

O "chapéu" histórico acirrou a rivalidade entre os clubes, principalmente entre São Paulo e Palmeiras, cujos dirigentes não se dão muito bem.

UOL Esporte

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