Santos deve conta de água e luz e oferece acordo para não ficar no escuro














As dívidas herdadas da gestão de Odílio Rodrigues quase deixaram o Santos no escuro na semana passada. Isso porque a empresa de energia elétrica foi ao CT Rei Pelé "cortar a luz" por falta de pagamento. O UOL Esporte apurou que o valor de uma das contas atrasadas de luz chega a R$ 130 mil, enquanto o valor da conta de água é de R$ 180 mil. O clube precisou fazer uma proposta de parcelamento para pagar a dívida.  

Outro motivo que preocupa o presidente Modesto Roma e companhia é o plano de saúde dos atletas. Isso porque a ex-diretoria não pagou o convênio médico dos jogadores nos últimos três meses de mandato. Nesta terça-feira, os dirigentes santistas quitaram dois meses de salários atrasados - outubro e novembro. No entanto, o clube ainda deve dezembro, 13º, férias e fundo de garantia.

Integrantes da nova cúpula alvinegra estão revoltados com a antiga diretoria. Nesta semana, eles descobriram que os ex-dirigentes priorizaram pagar grande parte de avais bancários e deixaram o clube em segundo plano.

O valor da dívida paga com os bancos chega a mais de R$ 10 milhões. A nova diretoria alega que o montante poderia ter sido usado para quitar quase dois meses da folga salarial dos atletas.

Os credores batem na porta do Santos todos os dias. O UOL já havia revelado no início do ano que o clube deve até uma floricultura da cidade.

A dívida com a floricultura ainda não foi paga e chega a quase R$ 2 mil. O clube tinha um acordo com a empresa para comprar coroas e flores para homenagens prestadas, mas não pagou as últimas compras efetuadas.

Se não bastasse, os telefones dos funcionários continuam cortados por falta de pagamento. Eles só podem receber ligações. A antiga diretoria deixou uma dívida de R$ 12 mil com uma operadora de celular.

O presidente Modesto Roma e companhia precisam pagar a dívida para que os funcionários voltem a fazer ligações.

A falta de dinheiro também voltou a afetar os funcionários do clube, que não receberam o ordenado de dezembro, o 13º salário e férias.

O clube corre o risco de perder jogadores a cada dia devido ao atraso salarial. Aranha, Arouca e Eugenio Mena já entraram na Justiça contra o clube cobrando os atrasados. O trio espera conseguir a rescisão contratual para atuar em outros clubes.

O UOL Esporte tentou entrar em contato com o ex-presidente Odílio Rodrigues e o ex-vice Luiz Cláudio para falar sobre o assunto, mas não obteve sucesso.

UOL Esporte

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