Confira dez promessas que não corresponderam às expectativas

O futebol é feito de craques, bagres, e promessas de craques que acabam ficando pelo caminho.

No Brasil e no exterior é muito comum o surgimento, precoce, na maioria das vezes, de potenciais estrelas, que explodem e depois decaem. E é por isso que PLACAR resolveu elencar dez promessas recentes que ganharam holofotes cedo demais e acaram virando ‘mortais’ da bola.















Lulinha (Brasil): Na base do Corinthians e da seleção brasileira, Lulinha fez quase 300 gols. O sucesso entre os profissionais era só questão de tempo, certo? Não foi bem isso. Lulinha subiu em 2007, no pior ano da história do Corinthians, que culminou com o rebaixamento no Brasileiro. Pior: Lulinha foi um dos pontos baixos da equipe que caiu pra série B. Mas havia paciência. Em 2008, continuou devendo, até que surgiu uma suposta proposta do Chelsea em seu futebol. O Timão não perdeu tempo e aumentou consideravelmente o salário do seu jovem talento. Lulinha deixou o Corinthians em 2010. Rodou por times de pequena expressão e hoje, aos 24 anos, está no Red Bull-SP.

Freddy Adu (Estados Unidos): Com apenas 15 anos, o ganês naturalizado americano Adu já era comparado a Pelé. Depois de jogar por DC United e Real Salt Lake, ambos dos Estados Unidos, Adu teve, em 2007, seu verdadeiro teste de fogo: vingar no futebol europeu. Foi para o Benfica cercado de expectativas, mas acabou virando ‘mico’. Depois disso, jogou por times menores da Europa e até parou no Bahia, em 2014, onde não deixou saudades. Aos 25 anos, se ‘escondeu’ no Jagodina, da Sérvia.

















Matías Defederico (Argentina): Baixinho, canhoto e habilidoso. São os predicados na Argentina para ser comparado a Maradona e Messi. E não foi diferente com Defederico, que apareceu bem no Huracán em 2007. O Corinthians não perdeu tempo e contratou o jogador em 2009. Em dois anos no Timão, Defederico só pôde se orgulhar de ter jogado com Ronaldo. Foram dois gols em 30 jogos. Hoje, tenta a sorte no Al Dhafra, dos Emirados Árabes.

Royston Drenthe (Holanda): Cria do Feyenoord, Drenthe foi contratado pelo Real Madrid em 2008 com o rótulo de ‘novo Roberto Carlos’. A potência nos arranques e o forte chute de esquerda acabaram ficando só no imaginário da torcida merengue. Drenthe durou pouco no Real. Desde 2010 já rodou por seis times e agora, aos 27 anos, joga pelo Ercyiesspor, da Turquia.

Kerlon (Brasil): Kerlon despontou em 2005 com a camisa do Cruzeiro apresentando ao mundo o ‘drible da foquinha’, em que controlava a bola com a cabeça, impedindo os adversários de roubá-la. Mas em pouco tempo o traquejo de Kerlon ficou manjado. O Cruzeiro não o quis mais e, em 2008, Kerlon foi vendido à Inter de Milão. Quando se esperava que a experiência na Europa acrescentaria novas armas ao seu jogo, Kerlon voltou ao Brasil para jogar pelo Paraná. Atualmente, aos 26 anos, é um dos poucos brasileiros a atuar nos Barbados – joga no Weymouth Wales.




















Fran Mérida (Espanha): Quando Mérida apareceu nas categorias de base do Barcelona, foi logo comparado a Iniesta. O jogo refinado, de toque de primeira, fazia jus ao cotejo. Nem bem havia se tornado profissional e Arsene Wenger, técnico do Arsenal, o tirou do Barça. Acontece que Wenger deve estar arrependido até hoje de ter feito isso. Mérida jamais jogou pelo time de cima dos Gunners. Voltou à Espanha para mostrar seu valor. Foi fugaz na Real Sociedad e no Atlético de Madri. Tentou uma rota ‘alternativa’, assinando com o Atlético-PR, em 2013. Um ano depois, saiu.Hoje, aos 24 anos, está sem clube.

Alberto Aquilani (Itália): Foi só Aquilani fazer a sua estreia pela Roma, em 2002, que a torcida romanista já o taxou de ‘novo Totti’. Mas Totti só tem um. Aquilani sofreu com as inúmeras lesões e o pouco apetite em campo. Parecia sempre sonolento, distante do jogo. Depois de sete anos sem se firmar na Roma, acabou saindo para o Triestina. Liverpool, Juventus e Milan tentaram desvendar o futebol de Aquilani, mas não conseguiram. Hoje, aos 30 anos, vive o ocaso da carreira na Fiorentina.















Ben Arfa (França): Esqueça Ribery, Nasri e Gorcuff.  maior sensação do futebol francês na metade dos anos 2000 era Ben Arfa . Meia de habilidade peculiar, podia fintar meio time e ir parar dentro do gol. Já nas seleções de base da França, era especulado por alguns dos maiores times da Europa. Foi tetracampeão francês pelo Lyon, até sair para o Olympique de Marselha. No time azul e branco, começou o seu calvário. Lesões, uma atrás da outra, melaram a sua evolução. Depois de passar por Newcastle e Hull, foi parar no Nice, onde tenta recuperar seu espaço aos 27 anos.

Bojan Krkic (Espanha): O Barcelona sempre se orgulhou da sua base, que formou alguns dos melhores jogadores  do mundo nas últimas décadas. Mas houve alguns deslizes no percurso. Um deles foi Bojan. O jovem atacante apareceu no time de cima do Barça em 2007. Veloz e voluntarioso, tinha sérias dificuldades em marcar gols. Sem chance num ataque que tinha Messi, Pedro e Villa, acabou indo para a Roma, onde também foi reserva. Em três anos, fez escalas em Ajax e Milan, sem qualquer destaque. Hoje, com apenas 24 anos, se aventura na Premier League com a camisa do modesto Stoke City.

Ricardo Quaresma (Portugal): Quaresma deu um ‘azar’ danado em ser contemporâneo de Cristiano Ronaldo. Ambos surgiram juntos no Sporting Lisboa, em 2001. Acontece que Quaresma era visto como potencial melhor do mundo em alguns anos. Em 2003, foi apresentado ao Barcelona no mesmo dia de um tal de Ronaldinho Gaúcho. Quaresma ficou apenas um ano no Camp Nou e logo partiu para o Porto. Entre idas e vindas de Portugal, incluindo passagens apagadas por Inter de Milão e Chelsea, Quaresma sempre pareceu mais à vontade com a camisa do Porto, seu clube atual. Especialista em distribuir chutes e passes de ‘três dedos’, Quaresma chegou até a disputar Euro, mas jamais foi além do bom jogador que apareceu no Sporting. Já Cristiano Ronaldo…

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