Brasil vence Chile e cumpre objetivo. Mas sem brilho















A expectativa do Brasil para o Mundial masculino de handebol do Qatar era alta. O título que a seleção feminina conquistou na Sérvia completou um ano. As categorias de base estão em alta, incluindo o sexto lugar no Mundial júnior de 2013. E a qualidade dos jogadores comandados pelo técnico Jordi Ribera é das mais altas. O desempenho até agora, porém, não foi brilhante.

Nesta sexta-feira (23), a equipe venceu o Chile por 30 a 22. Apenas o suficiente para se classificar para as oitavas de final. Esse era o objetivo básico estabelecido pela comissão técnica. Mas o que todos queriam, mesmo, era passar de fase em terceiro lugar, para evitar um duelo contra o líder do Grupo B, a Croácia. Não deu.

O Brasil passa em quarto, após vencer apenas duas partidas - o outro triunfo foi contra Belarus. Nas demais partidas, derrotas. Duas delas, com performances muito boas. O time chegou a liderar o placar contra a atual campeã mundial, a Espanha. E contra a Eslovênia, semifinalista do torneio em 2013, não teve controle emocional para manter uma vantagem no placar na metade do segundo tempo. Contra o Qatar, o nervosismo da estreia e os europeus naturalizados pelos donos da casa fizeram a diferença.

O time terá de se contentar com a quarta colocação. Com ela, o Brasil está entre os 16 melhores do mundo, igualando o último Mundial. Mas, no domingo (com horário a definir), enfrenta uma das seleções mais fortes de todo o mundo e uma vaga inédita entre os oito melhores fica muito mais distante. Resumindo: o Brasil fez o suficiente, não surpreendeu.

O jogo contra o Chile mostrou esse lado brasileiro. Quando o torneio começou, a seleção sul-americana era considerado a única vitória certa da equipe verde-amarela. O resultado veio, mas muito mais sofrida do que todos queriam. É verdade que é preciso colocar em perspectiva o desempenho. Veteranos como o capitão Zeba e Diogo, jogaram mais tempo do que em outras partidas. Zeba, em quadra por 46 minutos, foi quem mais aproveitou. Considerado importante pela comissão técnica, ele ainda não tinha tido uma partida boa no Qatar. Contra o Chile, marcou sete vezes. Foi o artilheiro do jogo.

O Brasil, porém, só passou à frente quando uma das maiores revelações do handebol nacional, João Pedro Silva, ganhou um papel mais importante na partida. Ele marcou cinco gols na partida, todos no segundo tempo. E acabou levando o troféu de melhor do jogo.

UOL Esporte

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