Contra a Ferroviária, Alan Patrick marcou seu primeiro gol como profissional
"O Dorival depositou a responsabilidade em mim e eu estou preparado para isso. As oportunidades estão aparecendo e a gente trabalha para isso, se tiver que ser vai ser, estou preparado e focado nisso", afirmou o jogador em entrevista ao Terra. "Pensei comigo mesmo que após a Copa do Mundo tudo ia dar certo, e acho que vai embalar daqui para frente", acrescentou.
Uma das maiores promessas da nova geração do clube praiano e o grande destaque no vice-campeonato da Copa São Paulo de Juniores, o meia vinha sendo pouco utilizado na temporada (atuou em apenas uma partida do Campeonato Paulista e em dois amistosos). Parte de sua ausência se deve não apenas ao forte elenco do Santos, mas também a algumas lesões que atrapalharam o desempenho do jovem.
"Voltei da Copa São Paulo, joguei um jogo do Paulista e tive que parar para a cirurgia (para a retirada de um cisto no ligamento cruzado anterior). O joelho estava me incomodando, fiquei um mês parado, aí acabei perdendo ritmo. Depois voltei, joguei um amistoso contra a África do Sul, senti outra lesão e fiquei mais uma semana parado. Tudo isso acabou me atrapalhando um pouco", justificou o atleta, que passou por uma artroscopia no joelho direito no início do ano.
O rival desta noite, o Palmeiras:
Alan Patrick jogará nesta quinta apenas sua sétima partida como profissional. O meia disputou três jogos pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, mais um embate pelo Paulista desta temporada e ainda dois amistosos. No último deles marcou seu primeiro gol, na vitória santista por 3 a 0 diante da Ferroviária. O duelo contra o Palmeiras será, por enquanto, o mais importante do atleta com a camisa do time alvinegro.
"É muito importante para mim, representa muito jogar um clássico como esse, pela importância que tem esse jogo. Estou confiante, principalmente pela confiança que o Dorival depositou em mim. Estou feliz, e espero poder fazer um belo jogo para que minha confiança possa apenas aumentar cada vez mais. Não só a minha, como a do Dorival, a da diretoria, enfim, a expectativa é grande, espero que nesta quinta tudo possa dar certo e que o Santos saia com a vitória", declarou o jovem.
A partida será a segunda entre os dois rivais em 2010. Na primeira, vitória palmeirense de virada por 4 a 3, em plena Vila Belmiro, quando o Santos vencia por 2 a 0. "Santos e Palmeiras têm aquela rivalidade sempre, e acho que a gente não esqueceu aquele jogo (o dos 4 a 3). Então, acho que isso fica lembrado, a gente lembra disso. Mas hoje vai ser mais um clássico e uma rivalidade enorme que a gente sabe que existe", afirmou o atleta.
Sobre um eventual clima de revanche santista, Alan Patrick foi enfático. "Sempre existe (esse clima de revanche), mas espero que quem entre em campo não pense na partida passada, e sim apenas em querer ganhar o jogo e em jogar futebol", disse o meia, uma das maiores esperanças do meio de campo santista nesta quinta para devolver a derrota do início do ano e seguir firme na luta pelo título brasileiro.
Tabu:
O Santos defende um tabu de 16 anos sem derrotas para o Palmeiras no Estádio do Pacaembu. O último revés foi no dia 6 de março de 1994, quando a equipe alviverde goleou por 4 a 1. Depois disso, foram apenas três partidas, com dois triunfos do time alvinegro e um empate. O último encontro nesse local foi no dia 12 de setembro de 2004, com vitória do clube praiano por 2 a 1.
Em toda a história, foram 27 vitórias do Santos sobre os palmeirenses no Pacaembu, contra 24 derrotas e 23 empates. O primeiro embate no estádio foi no longínquo dia 14 de junho de 1947, quando o clube alviverde triunfou por 1 a 0, gol de Lula aos 26min do primeiro tempo. O primeiro sucesso santista veio no duelo seguinte (2 a 0), tentos de Paulo e Odair, aos 16 e 32min da etapa complementar.
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