Vasco segue modelo de clubes ingleses para superar Reffis do São Paulo














Bem mais que um centro de recuperação de atletas. É com este desafio que o fisioterapeuta e fisiologista Alex Evangelista retorna ao Vasco. Espelhado na metodologia dos clubes ingleses Chelsea, Manchester City e Arsenal, o profissional tem a missão de coordenar e implementar no Cruzmaltino o CAPRRE (Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo), que promete ser ainda mais completo que o famoso Reffis, do São Paulo.

O projeto prevê não só uma assistência física, fisiológica e fisioterápica aos jogadores como também um auxílio psicológico e nutricional, tudo isso amparado com o que há de mais moderno em termos de tecnologia.

"Acredito muito na recuperação transdisciplinar do jogador, que é a recuperação psicológica, nutricional, física... O fato de entrar na fisioterapia tem de ser um circuito. Serei o coordenador para fazer todas as disciplinas falarem em uma só língua. Com este projeto, o Vasco será beneficiado, e não só as pessoas", avaliou Evangelista ao UOL Esporte.

Com o aval do presidente Eurico Miranda, aparelhos de última geração, de origem japonesa, americana e italiana, já foram comprados e começaram a ser usados na pré-temporada da equipe, que se iniciou nesta sexta e seguirá na segunda-feira para Pinheiral (RJ). Nenhum clube do Brasil possui estes modelos.

Muitos destes aparatos Alex conheceu após seu intercâmbio na NBA, famosa liga norte-americana de basquete.

"Trabalhei com alguns atleta como Kobe Bryant (astro do Los Angeles Lakers), Nenê (brasileiro do Washington Wizards)... A diferença destes centros são os equipamentos", enfatiza.

A ideia do CAPRRE é prevenir o jogador antes de atingir alguma problema, seja de ordem médica ou psicológica.

"Tem que cumprir tabelas. Tem que ter um bom psicólogo, um bom nutricionista... Antes que aconteça algum problema, ele terá uma intervenção do nutricionista, do psicólogo, do fisioterapeuta, do médico e assim por diante. Queremos dar saúde para esses jogadores", explica.

Alex Evangelista garante que o CAPRRE terá alguns elementos a mais que o Reffis, do São Paulo (Núcleo de Reabilitação Esportiva Fisioterápica e Fisiológica do São Paulo) e o Cepraf, do Santos (Centro de Excelência em Prevenção e Recuperação de Atletas de Futebol).

"Estou tentando alimentar outras coisas que não tinham nestes projetos", disse o profissional, que tem a experiência de ter trabalho no Cepraf do Santos, seu último clube.

Ainda de acordo com o fisioterapeuta, num primeiro momento será implementada a metodologia no Vasco. Em seguida, a ideia é ter um espaço físico.

Além dos profissionais que já foram anunciados, chega ao projeto a psicóloga Maíra Ruas, ex-Botafogo, que substitui Maria Helena, que estava no Cruzmaltino há mais de 25 anos. Ela foi uma indicação do próprio Alex Evangelista. A nutricionista Mildre Souza foi mantida no cargo.

Além da intenção do Santos em sua permanência, o fisioterapeuta também tinha um convite do técnico Oswaldo de Oliveira para trabalhar no Botafogo. Para ele, no entanto, o fator que pesou para a escolha do Vasco foi justamente o projeto.

"Eu fiquei muito feliz quando o doutor Eurico me convidou, porque as palavras dele me agradaram. Ele disse que queria os melhores profissionais para o Vasco e que gostaria que eu disponibilizasse meu conhecimento. Ele disse também que iria me fornecer os melhores equipamentos. Isto soou como musica. Tive outras propostas, mas aquilo me envolveu muito", destacou.

UOL Esporte

Comentários