Ponto de Opinião: Paulistão 2016 retorna com frescura e desvalorização dos times modestos

(Foto: Reprodução Google)


Nem terminamos 2015 direito, a Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou na tarde desta quinta-feira (5) a tabela dos grupos para disputa do Campeonato Paulista da série A1 em 2016. A formação dos grupos repetem a teoria de 2015, onde cada time grande do estado fica em um grupo diferente. No entanto, o projeto para o ano quem vem chega a ser ousado com as mudanças impostas.

Para não abarrotar as equipes com muitas datas de um campeonato que muitos clubes querem que acabe, a FPF tomou uma iniciativa de rebaixar seis equipes, em vez de quatro como sempre foi, e promover apenas duas equipes da fatídica série A2 em 2016. O resultado seria de 16 equipes na elite do Paulista em 2017. A ideia foi apoiada por São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians.

A mudança já é errônea porque mostra mais uma vez que a federação não liga para os times mais modestos, como Ituano, Botafogo e Ponte Preta, por exemplo, e aceita de bom grado as regalias que os gigantes do estado pedem. O campeonato atualmente, ao contrário dos que muitos pensam, não serve mais para os quatros grandes, mas sim para o mercado do interior, que cada vez mais se enfia em uma crise interminável de gastos exorbitantes e má administração.

A ideia colocada de que um técnico não pode treinar outro time na mesma temporada é um absurdo, mas devia ser adotada do Campeonato Brasileiro. Gostaria de ver Flamengo, Cruzeiro, Grêmio e Cia sofrendo para conseguir um técnico que não tenha treinado outra equipe da elite naquele ano. A organização também manteve o limite de 28 jogadores inscritos por clube, o que elimina qualquer possibilidade de novas contratações participarem do campeonato, caso o time já tenha os 28 atletas.

Sinto uma certa "frescura" por parte da FPF e dos times grandes. O campeonato que até pouco tempo se cogitava a extinção agora dificulta a vida já difícil dos times mais modestos. Um pouco incoerente, não? 

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