Executivo nega "quebra" no C13 e prevê solução rápida

Na véspera do anúncio do vencedor da licitação dos direitos de transmissão de TV aberta do Campeonato Brasileiro de 2012 a 2014, o diretor executivo do Clube dos 13, Athaíde Gil Guerreiro, negou que a entidade esteja "quebrada" após ganhar a oposição de um grupo de agremiações contrárias à forma de negociação com emissoras de TV.

"Não existe essa quebra no Clube dos 13. Alguns clubes não concordam com a negociação da TV aberta, mas continuam no Clube dos 13. Estamos com a informação da imprensa, até porque não fomos notificados por nenhum outro clube até o momento e seguimos trabalhando com ele", disse Athaíde, em entrevista ao Terra, em que afirmou que apenas o Corinthians, entre os associados insatisfeitos, solicitou o desligamento da entidade.

Mesmo assim, explica que o time do Parque São Jorge está incluído no processo licitatório por questões burocráticas. "O estatuto diz que o Clube dos 13 é o responsável pela negociação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Não existe nada que impeça que essa negociação seja feita por nós. Estamos agora efetuando um pedido de saída do Corinthians e não existe nenhum outro pedido de outros clubes", disse, antes de explicar o processo burocrático.

"Esse trâmite leva de 30 a 60 dias para ser registrado, então, mesmo o Corinthians está incluído nesta negociação", disse Athaíde, esclarecendo também que a entidade possui outras atribuições. "O C13 não vive só para isso. Nós queremos discutir o calendário, o futebol como um todo, a violência nos estádios".

Apesar do anúncio público de algumas equipes de que irão negociar diretamente com emissoras de TV, o diretor executivo da associação prevê um acordo entre os clubes assim que anunciar a proposta vencedora. Assim, mesmo com a exclusão da TV Globo no processo (a pedido da própria emissora), acredita que a definição está próxima do fim, e promete uma rápida cerimônia nesta sexta-feira, na sede da entidade, em São Paulo.

"Estamos aguardando com muita expectativa, esperando que seja um sucesso a apresentação das propostas. Amanhã vamos legalmente assinar o contrato com a empresa vencedora e, se tiver alguma dificudade em relação a isso, discutiremos isso mais tarde. A expectativa é que, na hora que os valores aparecerem, a gente consiga chegar a um acordo e acabe com este tipo de problema", disse. "Será bem rápido. Com os números em cima da mesa, temos como reverter essa situação", disse, se referindo a insatisfação dos "dissidentes".

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