Robert Scheidt volta à classe mais vitoriosa e assume pressão por 2016

Para Robert Scheidt, esforço extra para competir em 2016 vale a pena. Foto: Fernando Borges/Terra

Para Robert Scheidt, esforço extra para competir em 2016 vale a pena

Maior esportista olímpico da história do Brasil, Robert Scheidt está de volta à classe da vela na qual foi mais vitorioso: a Laser. Com a exclusão da Classe Star do programa olímpico para os Jogos do Rio 2016, ele decidiu retomar o posto, mesmo sabendo que seu físico, aos 39 anos, será cada vez mais cobrado. Tranquilo, já descarta pressão pela repetição do sucesso.

"O caminho natural seria ficar na Star, mas eu já fiz três ciclos olímpicos na Laser. Não é o ideal, mas tem um barco com o qual me identifico e que é bom para o meu biotipo. Sem a Star, é a opção mais viável", disse o velador, durante evento na sede do Banco do Brasil, em São Paulo. Sozinho na Laser, ele se sagrou campeão olímpico em Atlanta 1996 e Atenas 2004, além de prata em Sydney 2000.

Recentemente, Robert Scheidt velejou ao lado de outros competidores da Laser e sentiu que poderia ser competitivo novamente se tivesse a preparação ideal, o que inclui perder até 3 kg - atualmente, ele pesa 83 kg - e desenvolver um sistema de treinamento qualitativo em vez de quantitativo, para evitar lesões por esforço físico. A motivação é bem clara: "o ciclo da Olimpíada de 2016 vale um esforço extra".

"Não é uma coisa complicada, é questão de administrar as lesões, que acontecem com mais frequência. Eu sinto que a disposição e a animação, que são muito importantes, continuam muito grandes ainda. E vão ser quatro anos. Para a vida pessoal, é muito tempo, mas para o esporte, não", opinou Scheidt, que na Star, ao lado de Bruno Prada, ganhou prata em Pequim 2008 e bronze recentemente, em Londres.

Na classe onde foi mais vitorioso, ele não nega a pressão para que o lugar mais alto do pódio se repita no Brasil. "Pressão eu vivi a carreira inteira, então eu vou tranquilo para a Laser. Sei do potencial dessa nova geração de velejadores. Eles são, em média, 15 anos mais novos, mas eu tenho a experiência, que é algo que conta muito", complementou o velejador, já de olho na sexta medalha olímpica.

Terra

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