Chibana vai à semi como maior medalhista do ano no judô mundial

Charles Chibana se prepara para derrubar o russo Mikhail Pulyaev e garantir sua classificação à semifinal do Mundial de Judô; brasileiro conseguiu quatro vitórias por ippon

 

Ainda pouco conhecido no cenário internacional, o meio-leve (66kg) brasileiro Charles Chibana é a grande esperança de subir ao lugar mais alto do pódio na tarde desta terça-feira, no Mundial de Judô do Rio de Janeiro, no ginásio do Maracanãzinho.

Aos 23 anos, ele avançou às semifinais em sua primeira participação no torneio intercontinental, justamente na temporada em que se estabilizou como o judoca mais vitorioso do mundo até aqui.

Chibana conquistou dois ouros no Pan-Americano de Buenos Aires e Montevideu, e no Grand Slam de Moscou, além de uma prata em outro Pan-Americano, em San Salvador. Todas estas competições contam com a chancela da Federação Internacional de Judô (CBJ).

O judoca brasileiro fica à frente, inclusive, do japonês Masashi Ebinuma, atual campeão mundial da categoria e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Sétimo no atual ranking mundial dos meio-leves, Chibana disputará a semifinal, a partir das 16h. Se passar pelo japonês, ele enfrenta o vencedor do confronto entre cazaque Azamat Mukanov e o ucraniano Georgii Zantaraia.

Chibana pode ser o quarto judoca brasileiro a conseguir o feito de sagrar-se campeão do mundo – repetindo as conquistas de João Derly, o único bicampeão, Luciano Corrêa e Tiago Camilo. O jovem atleta, aliás, vem repetindo o que fez Camilo, pelo meio-médio (81kg) em 2007, também no Rio de Janeiro, quando levou o ouro vencendo todas as lutas por ippon.

Nos quatro combates realizados nesta terça-feira, no Maracanãzinho, em todos eles Chibana venceu com o golpe perfeito da modalidade – na última luta, diante do russo Mikhail Pulyaev, ele jogou o russo contra o tatame, em belo contragolpe, com apenas 35 segundos de combate.

Outra chance de medalha

Entre as mulheres (52 kg), Erika Miranda também vem de uma sequência de vitórias, duas delas por ippon, já que entrou na segunda fase do Mundial. Duas vezes quinta colocada na competição, a brasileira chega com moral na semifinal após eliminar a finlandesa Jaana Sundberg com o golpe perfeito, quando faltavam pouco mais de dois minutos para o fim do combate.

Em busca de um lugar na final, Miranda terá pela frente a romena Andreea Chitu. Caso chegue à final, terá pela frente a vencedora da luta entre Majlinda Kelmendi, atleta de Kosovo, e a japonesa Yuki Hashimoto – que venceu a brasileira Eleudis Valetim. Nunca uma judoca brasileira sagrou-se campeão mundial. Sarah Menezes era a esperança, na última segunda-feira, por ser a atual campeã olímpica, mas caiu na semifinal e ficou com o bronze.

Terra

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