Mundial Paralímpico: Daniel Dias leva ouro solitário em dia "tímido"

Daniel Dias conquistou o único ouro do Brasil neste sabado em Montreal Foto: Marcelo Regua/MPIX/CPB / Divulgação

Daniel Dias conquistou o único ouro do Brasil neste sabado em Montreal

O sexto dia de competições no Mundial Paralímpico de Natação foi mais tímido do que o comum para os atletas brasileiros: poucos subiram ao pódio, sendo apenas uma medalha de ouro, conquistada por Daniel Dias. A outra conquista foi de André Brasil, que terminou com a prata. Ao todo, sete brasileiros competiram neste sábado.

Daniel Dias dominou e venceu os 100 m livre S5, cravando tempo de 1min09s72, próximo do recorde mundial, de sua própria autoria: 1min08s39. Não foi desta vez que, além de triunfar, ele conseguiu a quebra. “Eu queria nadar 1min08, mas sabia que seria difícil pelo cansaço. No final, doeu muito. Estou muito feliz, estou satisfeito”, comemorou o atleta, que nada dez provas em Montreal.

Já André Brasil tinha expectativa de ouro, mas acabou derrotado nos 100 m costas S10 por detalhes para o americano Justin Zook, o mesmo que o tirou do topo do pódio nesta prova na Paralimpíada de Londres 2012. O medalhista de ouro, dono do recorde mundial, fez 1min00s09. O brasileiro ficou ligeiramente atrás, com 1min00s44.

“Não posso dizer que estou feliz. Perder na chegada assim, como eu perdi em Londres, nunca é bacana, mas vendo os resultados entre alguns altos e baixos dentro da competição, saio satisfeito com a medalha de prata. Mas a gente sempre quer um pouco mais”, afirmou André Brasil, que identificou como problema o fato de ter colocado pouca vantagem nos primeiros 50 m de prova.

A timidez brasileira deste sábado também foi causada pela confirmação da derrota no revezamento 4x50 m medley. Disputado na noite de sexta, foi vencido pelo time brasileiro composto por Daniel Dias, Ronystony da Silva, Roberto Alcalde e Talisson Glock - o último levou mais tempo que o permitido para deixar a área imposta pela organização após nadar sua parcial, o que causou a desclassificação. A delegação brasileira recorreu, mas teve pedido negado.

“São coisas do esporte. Faz parte. Claro que a gente lamenta, afinal era uma medalha de ouro. Infelizmente aconteceu, mas a gente não tem que culpar um ou outro. Bola para frente. Esse revezamento a gente sabe que tem um grande futuro, tem chance de medalhar nas próximas competições. Vamos treinar para que isso aconteça”, afirmou Daniel Dias, que agora não pode mais subir ao pódio em todas as provas que disputa no Mundial.

Ainda neste sábado, Talisson Glock ficou com o quinto lugar nos 50 m borboleta S6 e o quarto nos 100 m costas S6; Maria Dayane Silva foi sétimo nos 50 m borboleta S6; Verônica Almdeida terminou os 50 m borboleta S7 no sétimo lugar; e Joana Neves foi quinta colocada nos 100 m livre S5.

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