Bósnia e outras ex-repúblicas iugoslavas reúnem astros de clubes europeus

O atacante croata Mandzukic, do Bayern, comemora seu gol na final da Copa dos Campeões, em Wembley

O atacante croata Mandzukic, do Bayern, comemora seu gol na final da Copa dos Campeões, em Wembley

Das seis repúblicas que formavam a Iugoslávia, só a Bósnia-Herzegóvina já se garantiu na Copa do Mundo de 2014. A Croácia jogará a repescagem. Sérvia, Eslovênia, Montenegro e Macedônia fracassaram nas eliminatórias europeias.

Juntos, entretanto, esses países compartilhariam vários astros de clubes poderosos. "Seria uma equipe fantástica, com certeza. Poderia ser a melhor do mundo", avaliou para a Folha o goleiro bósnio Asmir Begovic.

Ele teria, por exemplo, a concorrência do esloveno Samir Handanovic, da Inter de Milão.

A defesa contaria com quatro sérvios: o lateral direito Branislav Ivanovic, do Chelsea, os zagueiros Nemanja Vidic, do Manchester United, e Neven Subotic, do Borussia Dortmund, e o lateral esquerdo Aleksandar Kolarov, do Manchester City.

A Croácia forneceria os meio-campistas Luka Modric, do Real Madrid, e Ivan Rakitic, do Sevilla, além do atacante Mario Mandzukic, vencedor da Copa dos Campeões como titular do Bayer de Munique.

Montenegro reforçaria essa suposta seleção iugoslava com os atacantes Jovetic, do Manchester City, e Vucinic, da Juventus. A Macedônia acrescentaria o atacante Pandev, do Napoli.

A Bósnia fortaleceria a linha ofensiva com o meia Miralem Pjanic, da Roma, e os atacantes Vedad Ibisevic, do Stuttgart, e Edin Dzeko, do Manchester City.

Ainda há o atacante Xherdan Shaqiri, do Bayern, e o volante Valon Behrami, do Napoli, que nasceram no Kosovo, cuja independência a Sérvia não aceita. Ambos defendem a Suíça, assim como outro meio-campista do Napoli, Blerim Dzemaili, nascido na Macedônia.

Até o craque Zlatan Ibrahimovic, do Paris Saint-Germain, poderia ser incluído nessa equipe. Filho de um bósnio com uma croata, ele nasceu na Suécia, mas chegou a conversar com a Federação de Futebol da Bósnia-Herzegóvina para jogar pelo país.

"Historicamente a Iugoslávia sempre teve grandes campeões e lutou por objetivos importantes. Também hoje todas as seleções das ex-repúblicas iugoslavas possuem jogadores capazes de fazê-las competitivas tanto no nível europeu quanto no mundial", opinou o meia e lateral esquerdo bósnio Senad Lulic, da Lazio.

O volante Adnan Zahirovic, do Bochm, da Alemanha prefere não imaginar todos esses valorizados atletas juntos. "Isso é um jogo mental interessante, mas a realidade é diferente. Cada país da antiga Iugoslávia tem times muito fortes. Croácia, Sérvia e Eslovênia jogaram grandes torneios", disse.

A Iugoslávia foi semifinalista nos Mundiais de 1930 e 1962 e vice europeia de 1960 e 1968. No âmbito dos clubes, o Estrela Vermelha conquistou a Copa dos Campeões de 1991.

Após sua fragmentação no início da década de 1990, o país ainda participou da Copa de 1998, em que a Croácia estreou com o terceiro lugar antes de disputar as duas edições seguintes. A Eslovênia se classificou em 2002 e 2010.

Folha de S.Paulo

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