Adriana perde para russa, mas confirma bronze e 100ª medalha do Brasil

Adriana acabou superada pela russa e termina a campanha olímpica com o bronze. Foto: Reuters

Adriana acabou superada pela russa e termina a campanha olímpica com o bronze

A brasileira Adriana Araújo confirmou nesta quarta-feira a "cor" da segunda medalha da história do boxe em Jogos Olímpicos. A atleta, aluna de Luiz Dórea (ex-treinador de Popó e atual de Junior "Cigano", campeão peso pesado do UFC), acabou derrotada pela russa Sofya Ochigava, vice-campeã mundial neste ano, por 17 a 11 e ficou com o bronze na categoria peso leve (até 60 kg), destinada aos derrotados nas semifinais do torneio da modalidade. A premiação é a 100ª da história do esporte nacional nos Jogos.

O resultado negativo desta quarta-feira, o segundo consecutivo para a russa (Adriana foi superada nas quartas de final do Mundial deste ano) confirmou o segundo bronze da história do boxe brasileiro em Olimpíadas. A primeira medalha do País ocorreu na Cidade do México, em 1968, quando Servílio de Oliveira subiu no degrau mais baixo do pódio. Ainda em Londres, Esquiva Falcão, entre os homens, também assegurou um lugar no pódio.

Em busca de garantir o melhor resultado da história do boxe brasileiro em uma Olimpíada, Adriana Araújo assumiu uma postura agressiva no início do combate desta quarta-feira. Entretanto, diante de um adversária experiente, a brasileira sofre com a velocidade da rival, que apostou nos contra-ataques para manter o duelo equilibrado. Ao final do primeiro round, as duas pugilistas terminaram empatadas por 3 a 3.

A velocidade da atleta russa afetou a brasileira na parcial seguinte. Variando a sequência entre jabs e cruzados, Sofya Ochigava encaixou bons golpes e conseguiu neutralizar a potência de Adriana. O desempenho nos dois minutos convenceu os juízes, que deram uma vantagem de dois pontos para a competidora europeia. Placar de 5 a 3.

Em desvantagem, Adriana adotou uma postura mais solta no terceiro round. Agressiva dentro do ringue, a brasileira chegou a atacar a atleta russa até em momento no qual a rival ajeitava os shorts - o árbitro não interrompeu o combate e, por consequência, não puniu a baiana. No final, a representante nacional encaixou dois diretos, mas que não foram suficientes para virar o duelo: 5 a 3 para Ochigava.

A vantagem de quatro pontos fez a diferença no último round. Adriana precisou adotar uma postura ainda mais ofensiva, na busca pelo empate, e abriu a guarda durante a maior parte da parcial. A russa, experiente e ciente do jogo da baiana, trabalhou no contra-ataque e confirmou a tranquila vitória depois de oito minutos de duelo: 4 a 2, e 17 a 11 no final. Primeiro bronze do Brasil na modalidade desde 1968, com Servílio de Oliveira.

Terra

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