Polícias estrangeiras terão infiltrados em torcidas na Copa-2014


Policiais estrangeiros irão se infiltrar nas torcidas de seus países para levantar dados e tentar evitar tumultos durante a Copa do Mundo. Eles deverão repassar informações para as autoridades brasileiras, mas não poderão fazer "intervenção direta nas eventuais ocorrências".

Os policiais estarão autorizados a conversar com os torcedores e divulgar informações, misturar-se durante as partidas, comunicar as autoridades brasileiras casos de situações de perigo e até participar de eventos das torcidas das seleções de seus países.

A estratégia faz parte do Plano de Segurança Pública para a Copa de 2014, documento produzido pelos ministérios da Justiça, Defesa e Gabinete de Segurança Institucional.

Como a Folha revelou no domingo, o documento destaca como uma de suas prioridades o combate ao terrorismo, além de evitar a atuação do crime organizado no país.

Os estrangeiros, que não estarão armados, atuarão para que "os torcedores dos seus países de origem sejam impedidos de participar de quaisquer comportamentos que possam ameaçar a segurança, dentro ou fora do estádio".

Também ajudarão a identificar e eliminar manifestações que possam potencialmente desencadear atos violentos ou preconceituosos.

"O papel desses policiais será o de abastecer de informações seus compatriotas sobre os riscos locais ou sobre torcedores agressivos de outras nacionalidades, bem como o de alertá-los sobre seu comportamento exacerbado", informa o documento.

"Com essa rede de informações será possível impedir que grupos de torcedores se confrontem ou agridam outros espectadores isoladamente", complementa.

Durante a Copa haverá um Centro de Cooperação Policial Internacional, composto por representantes de todos os países participantes da Copa e de países que fazem fronteira com o Brasil.

Segundo o documento, a Polícia Federal trocou informações com diversos países sobre suspeitos de envolvimento em terrorismo, além de informações sobre "hooliganismo" e dados sobre os causadores de problemas em estádios.

Folha de S.Paulo

Comentários