Técnico tem contrato até 2014, renovável até 2016; falta de testes até Olimpíada do Rio de Janeiro preocupa
A Seleção Brasileira masculina de basquete está ameaçada de ficar fora do Campeonato Mundial de 2014 após o fracasso na Copa América, mas o técnico Rubén Magnano deseja seguir no comando da equipe. Na manhã desta quarta-feira, o argentino falou sem empolgação sobre a chance de receber um convite para disputar o torneio a ser realizado em Madri, na Espanha.
"Minha ideia é continuar até 2016. Não vamos tirar nosso sonho da cabeça por uma adversidade. Sou funcionário da CBB e eles são os responsáveis por avaliar a situação. Se determinarem que não devo continuar, tudo bem. Mas não vou abandonar o barco por uma adversidade", afirmou.
Magnano disse ter contrato assinado com a CBB até 2014, com opção de renovação para 2016, ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Criticado por ex-jogadores como Oscar e Marcel após o fiasco na Copa América, ele reconduziu a Seleção de volta às Olimpíadas em Londres (2012) após um jejum de 16 anos.
"Eu sou a mesma pessoa que foi elogiada quando nos classificamos para os Jogos. Não sei como se fala aqui no Brasil, mas nós dizemos que o tronco caído sempre vira lenha. Quando você ganha, muita gente te abraça e parabeniza. Quando você perde, te dão as costas. As pessoas que estão no esporte sabem muito bem disso", afirmou.
Mesmo sem os astros da NBA, que pediram dispensa, o Brasil entrou na Copa América com boas chances de conquistar uma das quatro vagas no Mundial de 2014, mas derrotas contra Porto Rico, Canadá, Uruguai e Jamaica eliminaram a equipe ainda na primeira fase.
Com o fracasso no torneio disputado na Venezuela, resta ao Brasil esperar por um dos quatro convites da Federação Internacional de Basquete (Fiba). À espera de uma decisão da entidade, que deve acontecer até o final do ano, Magnano lamentou o fiasco na Copa América.
"Estou muito triste por não ter conseguido uma vaga esportivamente. Agora, temos que esperar pelo famoso convite. Por tudo que o Brasil fez nos últimos anos, subindo até o nono lugar no ranking da Fiba e até a quinta posição na Olimpíada, temos chances", disse o argentino.
Como já está classificado para os Jogos Olímpicos de 2016 na condição de país sede, caso realmente fique fora do Mundial pela primeira vez na história, a Seleção não teria a chance de testar seu time em torneios de grande porte até o evento no Rio de Janeiro, o que preocupa Magnano.
"Se não conseguirmos jogar o Mundial, sem dúvida será um passo para trás. O Brasil estava evoluindo aos poucos e deveria estar presente em todas essas competições. Não jogar um Mundial significa tirar experiência internacional da equipe", lamentou o argentino.
Terra
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