Para minar poder da Conmebol, clubes discutem associação

Estiveram presentes Maradona, Andrés Sanchez e outros ex-jogadores.

Para minar o poder da Conmebol, os clubes sul-americanos debatem a criação de uma liga chamada American Club Association (ACA) formada por 20 ou até 30 times fundadores. A ideia, discutida há um ano, ganhou força após a “rebelião” de dirigentes e ex-jogadores contra a entidade que controla o futebol no continente. A inspiração vem da European Club Association (ECA), entidade que representa 207 clubes europeus e que é reconhecida pela UEFA e pela FIFA. Seu presidente é o ex-jogador alemão Rummenigge, também presidente do Conselho Diretor do Bayern de Munique.

A proposta da ACA é que os clubes sul-americanos tenham mais força e peso para discutir com a Conmebol desde mudanças no regulamento das competições a valores de contrato de televisão de competições rentáveis como a Libertadores e Copa Sul-Americana. Divergências entre o que a Conmebol recebe de direitos de televisão e o que ela, de fato, repassa aos clubes, além da escolha da empresa que detém esses direitos, foram os principais temas da discussão de um evento que aconteceu na quarta-feira no Parque São Jorge.

“A Uefa não toma decisão prévia sem aprovação prévia da ECA. Usamos isso como modelo para a criação da nossa associação”, disse José Carlos Peres, que é diretor do G-4, um grupo tenta conciliar interesses comuns a Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos. Peres disse que já discutiu o assunto com dirigentes de clubes brasileiros e que fez uma exposição das principais ideias aos dirigentes sul-americanos que estiveram no encontro organizado no Corinthians.

A ideia é que a ACA seja criada no início de 2014 com um mínimo de clubes fundadores (veja ao lado). Depois disso, outros clubes entrariam no grupo como convidados. Cada clube fundador teria direito a indicar um integrante para o Conselho Executivo. Esse grupo elegeria um presidente remunerado, que poderia ser um executivo ou ex-jogador.

A formação da ACA, que incluiria times do México, país que também disputa a Libertadores, e dos EUA, depende da aceitação dos principais clubes brasileiros e dos argentinos. Isso será discutido no próximo encontro do grupo que questiona a Conmebol, que deve ocorrer ainda este mês no Uruguai.

Estadão

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