Apesar do "caldeirão" em Barueri, UFC foca na Arena do Palmeiras em SP

Em ascensão desde que mudou de categoria no Ultimate Fighting Championship (UFC), Demian Maia teve sua boa fase interrompida pelo americano Jake Shields, nesta quarta-feira, em Barueri

 

Quando esteve disposta a fazer lutas novamente em São Paulo, a organização do Ultimate Fighting Championship (UFC) se arriscou a realizar um evento em Barueri, nesta quarta-feira. A estrutura não foi a ideal, mas pelo menos um "caldeirão" foi criado pela barulhenta torcida paulista. Porém, só isso não bastou para agradar os dirigentes da maior organização de MMA do mundo. O foco deles está voltado para o Allianz Parque, a Arena multiuso que o Palmeiras vai inaugurar em 2014.

Como o presidente Dana White não costuma vir para os eventos no Brasil, ficou a cargo de Marshall Zelaznik, diretor de desenvolvimento internacional, uma análise sobre as vindas do UFC a São Paulo. Nas duas oportunidades, no Ginásio do Ibirapuera e em Barueri, aconteceram falhas e problemas. Por isso nem foi cogitada a ideia de repetir eventos nesses locais.

"Fizemos no Ibirapuera e aqui, mas estamos esperando pacientemente pela Arena do Palmeiras. Inclusive ficamos de visitar o local amanhã (quinta-feira) e já sabemos que caberá de 14 a 15 mil pessoas", afirmou ele, adimitindo que tem negociado há mais de um ano a realização de "um grande evento" com a WTorre, empresa responsável pelas obras da Arena, que ficará pronta no primeiro semestre de 2014.

Depois de programar sete eventos no Brasil neste ano - o UFC de Goiânia ainda acontecerá em novembro - a organização já anunciou que pretende dobrar essa quantidade em 2014. Cerca de 13 dias de lutas acontecerão em diversas cidades do país. A primeira delas deve ser Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, que já provou ter estrutura para isso.

Público xinga humorista e aplaude gringos

Grande parte da torcida que esteve no UFC de Barueri pode nunca mais ver um evento desse porte. Mas todos aproveitaram bem a oportunidade e chamaram atenção durante o evento. O fato de o Ginásio José Corrêa ser pequeno ainda contribuiu para que fosse formado um "caldeirão" no local, já que todos estavam mais próximos e assim o barulho ficou ensurdecedor em alguns momentos.

As reações do público, de forma geral, foram curiosas e inesperadas. Quando perceberam, por exemplo, a presença do humorista Carioca nas cadeiras, eles gritaram "Carioca v..." em alto e bom som. Mas também chamou atenção a "gentileza" de parte dos presentes, que aplaudiram algumas vitórias de estrangeiros, como o nocaute Dong Hyun Kim, e ainda vaiaram o resultado polêmico na vitória de Fábio Maldonado - uma imparcialidade pouco vista entre fãs de qualquer esporte.

Destacou-se também a criatividade da torcida, que foi além do tradicional e já repetitivo grito de "uh! vai morrer". Quando Rousimar Toquinho finalizou Mike Pierce, por exemplo, a torcida imediatamente cantou "eô eô, o Toquinho é um terror". Houve ainda gritos de "jiu jitsu" em alguns combates e também pedidos de finalização com o irônico canto de "bota pra dormir".

Mas nem só de festa foi feita a presença do público. Alguns fãs tiveram que ficar em lugares com "pontos cegos", além de encarar o atraso que aconteceu antes do início do evento. A última e principal luta também desanimou bastante a torcida, pela falta de emoções na vitória de Jake Shields contra Demian Maia. Mas esses foram apenas detalhes perto da empolgação vista na maior parte do tempo.​

Terra

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