Corinthians reprova Mogi Mirim e procura uma nova casa no Brasileirão

Tite reclamou muito do gramado de Mogi - Alex Silva/Estadão

Tite reclamou muito do gramado de Mogi

Procura-se uma casa. Sem poder atuar no Pacaembu, o Corinthians imaginava cumprir a punição por perda de mandos de campo no Brasileirão em Mogi Mirim. Mas bastou uma partida na cidade, a vitória por 2 a 0 sobre o Bahia, para o clube reprovar o local e voltar a vasculhar o interior atrás de um palco adequado para suas partidas. A meta é encontrar um estádio que também seja próximo de São Paulo. O time precisa jogar a 100 quilômetros de distância da capital e não quer viajar muito para mandar seus jogos.

"Infelizmente o jogo com o Atlético Paranaense (dia 9) não dá mais para mudar de local. Temos outros dois pré-agendados para lá (Mogi), contra Criciúma e Santos, que ainda não sabemos onde será", diz o supervisor de futebol Saulo Magalhães. E o clube ainda corre o risco de perder outros mandos por causa da garrafa plástica arremessada pela torcida corintiana contra um bandeirinha durante o jogo de domingo passado contra a Portuguesa.

Itu surge com grande possibilidade de ser escolhida por causa da proximidade, já que Araraquara, Ribeirão Preto e Presidente Prudente, apesar de terem bons campos, ficam distantes e isso os atletas não querem. "Não vou falar sobre cidades para não criar expectativas. Só falaremos após vermos os gramados. Vamos agendar visitas. E tem de ser o mais próximo possível", diz Saulo.

O motivo principal para reprovar o Romildão é o estado do gramado, duro, ralo e escorregadio. Mas a direção também não gostou do pequeno público, menos de 10 mil pagantes – o pior na temporada – e a renda de pouco mais de R$ 200 mil.
A deficiência na iluminação e a precariedade do vestiário, com poucos chuveiros com água quente, foram outras reclamações dos jogadores.

"O gramado não favorece a tática. Infelizmente a qualidade do passe, a jogada de articulação fica prejudicada. Não dá fluxo", reclamou Tite. "Gosto muito do pessoal de Mogi Mirim, mas vamos buscar um novo campo."

INSPEÇÃO
Os dirigentes assumem a culpa por não terem avaliado o Romildão antes de marcar os jogos para lá, e agora farão inspeção completa antes de decidir qual será a nova casa corintiana. "Mogi sempre teve um gramado impecável, e foi uma surpresa grande quando vimos que não estava como esperávamos. Estava bem duro e ralo", lamenta Saulo. "A direção do Mogi Mirim explicou que era pelo fato de os times da base estarem usando o campo."

Estadão

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