FIA vai reforçar vigilância após polêmica com asas da McLaren e Mercedes

(Foto: Alessio Morgese/NurPhoto via Getty Images)


Depois da polêmica suscitada pelas queixas da RBR e Ferrari sobre a asa dianteira dos carros da McLaren e Mercedes, na temporada 2024 da F1, a categoria deve aumentar o rigor quando se trata de avaliar o quão flexíveis os dispositivos são. A expectativa é que testes para averiguar o quanto as asas traseiras e dianteiras se movem sejam feitos na metade inicial do campeonato de 2025.

- Estamos empenhados em garantir que a flexibilidade da estrutura não seja mais um ponto de discórdia para a temporada de 2025. Esses ajustes têm como objetivo refinar ainda mais nossa capacidade de monitorar e aplicar os regulamentos de flexibilidade de estruturas, garantindo igualdade de condições para todos os competidores e promovendo corridas justas e emocionantes - declarou um porta-voz da Federação Internacional do Automobilismo (FIA).

Apesar da relação com as queixas de algumas equipes na última temporada da F1, a entidade garante que a decisão não tem a ver com a questão, e sim com uma análise promovida pelo departamento de monopostos da FIA após o fim do campeonato.

A mudança na asa dianteira da McLaren surgiu no Grande Prêmio de Miami, em que uma série de atualizações melhorou o MCL38. Lando Norris faturou a primeira vitória da carreira na prova e iniciou a busca da equipe pelo título mundial de 2024.

A movimentação da asa dianteira pode aumentar o downforce, a pressão aerodinâmica exercida sobre o carro que o mantém "preso" à pista por fornecer mais aderência. Além disso, o movimento das asas também pode reduzir o arrasto, força que atua de maneira contrária ao carro nas retas e reduz sua velocidade; quando elas estão mais flexíveis, também se movem para adaptar-se à desaceleração para as curvas.

Ainda no último ano, após o GP da Itália, a FIA esclareceu que não havia irregularidades nas peças utilizadas por McLaren e Mercedes, e reforçou o caráter vigilante sobre a questão:

- Nenhum componente é infinitamente rígido, e a asa dianteira tem sido uma área desafiadora ao longo dos anos. A FIA tem o direito de introduzir novos testes se houver suspeita de irregularidades. Não há planos no curto prazo, mas estamos avaliando a situação com o médio e longo prazo.

A F1 retorna em 16 de março com o GP da Austrália, primeiro das 24 etapas previstas para o próximo campeonato.

Globo Esporte