Federação confirma semifinais na Vila e no Pacaembu

Após reunião realizada nesta segunda-feira, na sede da Federação Paulisa de Futebol (FPF), a entidade definiu que os primeiros jogos da semifinal do Campeonato Paulista, entre Santos x Palmeiras e Corinthians x São Paulo, serão realizados nos estádios da Vila Belmiro e do Pacaembu, respectivamente.

Desta forma, o Palmeiras, primeiro colocado na fase de classificação, visita o Santos neste sábado, às 18h10, na Vila. O jogo de volta está marcado para o dia 18, no mesmo horário, no Estádio Palestra Itália.

Já o São Paulo, dono da segunda melhor campanha do Estadual, decidirá a vaga para a final em casa. Assim, o primeiro duelo com o Corinthians será disputado no Pacaembu, no próximo domingo, às 16h, com mando do time alvinegro. A segunda partida acontecerá no dia 19, no Morumbi.

Por ter melhores campanhas que os rivais, Palmeiras e São Paulo jogam por dois resultados iguais.

Torcida
A Federação Paulista também anunciou que as torcidas visitantes terão cotas pequenas de ingressos para os jogos semifinais. No Pacaembu, os são-paulinos ficarão no setor lilás e terão 2 mil bilhetes à disposição.

Já para o duelo de volta, no Morumbi, a torcida do Corinthians terá cerca de 5 mil lugares.

Na outra semifinal, em comum acordo, as torcidas de Palmeiras e Santos terão direito a 2,8 mil ingressos quando forem vsitantes.

Semifinal com grandes antecedeu derrotas marcantes em 2000

Pela primeira vez depois de oito edições, o Campeonato Paulista revê seus quatro maiores campeões entre os semifinalistas. Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos não se encontravam nessa condição desde a temporada 2000, em que os são-paulinos se sobressaíram sobre os concorrentes.

Naquela temporada, curiosamente, as decisões no Estadual precederam derrotas marcantes para todos os quatro, que realizaram exatamente os mesmos confrontos de agora. O São Paulo pegou o Corinthians e o Palmeiras enfrentou o Santos.

Má sorte dos finalistas

Mesmo o São Paulo, que foi campeão batendo Corinthians e depois Santos, não terminou o primeiro semestre bem. Comandado por Levir Culpi, a equipe tinha o volante Vágner, além de Marcelinho Paraíba e França, em grande fase. Venceu duas vezes os corintianos e, contra os santistas, obteve uma vitória e um empate. Mas, depois de vencer o Paulista, as coisas desandaram pelos lados do Morumbi.

O São Paulo realmente vinha em um grande momento e estava na decisão da Copa do Brasil. Depois de bater o Atlético-MG com sobras, enfrentar o Cruzeiro na final significava atingir a esperada volta à Libertadores e ainda comemorar um título nacional. O clube tricolor já tinha uma mão na taça quando, nos instantes finais, os cruzeirenses viraram o marcador e tomaram o título para si sob o comando do então jovem atacante Geovanni.

Já o Santos chegou bastante empolgado para enfrentar o São Paulo. Desde a final do Brasileiro de 95, os santistas não tinham uma possibilidade real de pôr fim ao jejum de títulos e a reação no Paulista era marcante. No primeiro ano da gestão de Marcelo Teixeira, vários jogadores de nome foram contratados, como Valdo, Rincón e Valdir Bigode, mas só a partir da troca de Carlos Alberto Silva pelo jovem treinador Giba é que as coisas se arrumaram na Vila Belmiro.

Contra o Palmeiras de Felipão, em uma manhã de domingo no Morumbi, o Santos teve uma partida histórica. O empate em 0 a 0 no jogo de ida deixara as coisas a serem resolvidas no duelo de volta. E os palmeirenses, com gols de Argel e Euller na primeira etapa, praticamente garantiam o lugar na final. Mas em um segundo tempo memorável, porém, Eduardo Marques, Anderson Luís e por fim Dodô, deram a virada para os santistas. A expectativa de título, porém, parou diante do São Paulo na final.

Corinthians e Palmeiras: vítimas da Libertadores

Eliminados nas semifinais do Paulista de 2000, respectivamente, por São Paulo e Santos, Corinthians e Palmeiras pensavam em um objetivo maior para a temporada. Semifinalistas da Libertadores, os dois reeditavam o confronto de 1999, quando os palmeirenses levaram a melhor na mesma Libertadores.

Aos corintianos, a eliminação no Paulista, quatro dias antes do confronto decisivo com o Palmeiras, ofereceu pouco tempo para decepções. O foco estava no duelo com os palmeirenses, no qual o aguerrido time dirigido por Felipão conseguiu arrastar a decisão para a disputa por pênaltis. Marcos prevaleceu sobre Marcelinho Carioca e o Corinthians mais uma vez, gerando uma crise que demoraria meses para se acabar no Parque São Jorge.

O Palmeiras, apesar da derrota ligeiramente traumática para o Santos no Paulista, ganhou peso, naturalmente, por eliminar o Corinthians e se aproximar do bicampeonato na Libertadores. Mas na final, prevaleceu o Boca Juniors, com Riquelme vivendo seu melhor momento na carreira.

Depois de dois empates - 2 a 2 na Argentina e 0 a 0 no Morumbi -, o Palmeiras voltou a se ver em uma decisão por pênaltis, mas desta vez não teve final feliz. Roque Júnior e Asprilla desperdiçaram suas cobranças e o título foi para Buenos Aires. E o semestre dos quatro grandes terminou sem razões para muitas alegrias.

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