Presidente da FIA admite erros no regulamento dos motores da Fórmula 1

(Foto: AP)


Menos de dois anos após a implementação dos motores V6 turbo híbridos, a Fórmula 1 já busca alternativas para substituí-los. Afinal, a alta complexidade das chamadas unidades de potência e seu alto custo acabaram trazendo efeitos colaterais para a categoria, como o domínio da Mercedes, fornecedora que interpretou melhor o novo regulamento e as dificuldades financeiras das equipes do meio do pelotão.

As falhas foram admitidas pelo presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean Todt.

"Não foi colocado um limite e isso foi provavelmente um erro", afirmou Todt. "Mas isso não significa que um limite de custo seria aceito, pois tentamos colocar esse tipo de limite por seis anos e infelizmente isso nunca foi aceito. É por isso que sempre estamos tentando impor medidas que tornem a F1 mais barata."

Outro erro reconhecido por Todt é a ausência de uma regra que determine que os fornecedores de motores tenham um número mínimo de clientes caso haja demanda. Por exemplo, no cenário atual, duas equipes - Red Bull e Toro Rosso - ainda não têm motores confirmados para 2016, enquanto a Honda tem apenas a McLaren como cliente. "Isso deveria estar incluso nas regras, mas não está. Da maneira que está escrito, você não pode fornecer para mais de três equipes, mas não há um mínimo."

Para tentar corrigir as falhas, Todt e o promotor da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, estão tentando implementar o uso de um motor alternativo, que custe menos e possa fazer frente às atuais unidades de potência, mas a ideia ainda não saiu do papel.

UOL Esporte

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