Renê caiu no início do ano pela 3ª temporada seguida
Metade dos 20 clubes da elite do Campeonato Brasileiro já trocou de treinador em menos de três meses de futebol na temporada. O número chegou a dois dígitos com a demissão de Renê Simões do Atlético-GO, confirmada na sexta-feira, e expõe uma inflação significativa em relação aos últimos anos. Além disso, uma tendência na mudança de técnicos ainda durante os Campeonatos Estaduais.
Se em 2011 foram dez treinadores que perderam o emprego, no último ano haviam sido nove à mesma altura da temporada. Nos dois anos anteriores, entretanto, os clubes mostravam um conceito de trabalho totalmente diferente: em 2009, só cinco técnicos tinham saído de clubes da elite no primeiro trimestre. Em 2008, o número foi ainda inferior: quatro comandantes haviam caído.
Dos 10 treinadores que deixaram seus clubes neste ano, três deles foram demissionários. Muricy Ramalho alegou falhas na estrutura do Fluminense, enquanto Joel Santana deixou o Botafogo por desavenças com a torcida. Dimas Filgueiras saiu do Ceará por problemas de saúde e deixou um ótimo retrospecto no ano: 16 vitórias, três empates e duas derrotas.
Renê Simões, o último demitido entre os treinadores da elite, coleciona três quedas consecutivos nos primeiros trimestres. Em 2009, deixou o Fluminense ainda durante o Campeonato Carioca, repetindo a dose em 2010 pelo Ceará. Na sexta, saiu do Atlético-GO com 13 vitórias e seis derrotas.
Os 10 treinadores que sobrevivem no cargo em clubes da elite neste ano são: Celso Roth (Internacional), Renato Gaúcho (Grêmio), Cuca (Cruzeiro), Dorival Júnior (Atlético-MG), Mauro Fernandes (América-MG), Tite (Corinthians), Paulo César Carpegiani (São Paulo), Luiz Felipe Scolari (Palmeiras), Vanderlei Luxemburgo (Flamengo) e Marcelo Oliveira (Coritiba).
Os treinadores que já caíram em 2011
Adílson Batista (Santos), Joel Santana (Botafogo), Muricy Ramalho (Fluminense), PC Gusmão (Vasco), Sérgio Soares (Atlético-PR), Renê Simões (Atlético-GO), Dimas Filgueiras (Ceará), Rogério Lourenço (Bahia), Márcio Goiano (Figueirense) e Vagner Benazzi (Avaí)
Os treinadores que haviam caído em 2010
Hélio dos Anjos (Goiás), Artur Neto (Atlético-GO), Renê Simões (Ceará), Antonio Lopes (Atlético-PR), Osvaldo Alvarez (Guarani), Vinícius Eutrópio (Prudente), Vagner Mancini (Vasco), Estevam Soares (Botafogo) e Muricy Ramalho (Palmeiras)
Os treinadores que haviam caído em 2009
Vagner Mancini (Vitória), Roberto Fernandes (Náutico), Toninho Moura/Luís Carlos Goiano (Barueri), Renê Simões (Fluminense) e Márcio Fernandes (Santos)
Os treinadores que haviam caído em 2008
Osvaldo Alvarez (Vitória), Vagner Mancini (Grêmio), Emerson Ávila (Ipatinga) e Alfredo Sampaio (Vasco).
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