Felipão pede união política no Palmeiras e justifica desabafo

Após empate em 2 a 2 com Atlético-PR, Felipão disse que pedido de atacante não foi crítica à diretoria. Foto: Giuliano Gomes/Gazeta Press

Após empate em 2 a 2 com Atlético-PR, Felipão disse que pedido de atacante não foi crítica à diretoria

O técnico Luiz Felipe Scolari esquentou os bastidores do Palmeiras na semana passada, quando criticou a diretoria pela falta de respaldo nas contratações. Depois da polêmica, o treinador adotou um discurso diferente na noite desta quarta-feira e pediu união das diferentes alas políticas do clube.

"Quero ambiente no meu clube, e não quatro pessoas se digladiando pelo poder. Esse grupo está fazendo o melhor dele, e o Palmeiras precisa de unidade. Isso não parte só de mim, mas sim de muitas correntes que precisam ajudar as pessoas que estão lá trabalhando. Não vou sair do clube e não recebi proposta", afirmou, depois do empate por 2 a 2 com o Atlético-PR, pela Copa do Brasil.

Felipão justificou que seu desabafo aconteceu pela necessidade de contratação de um reserva a Hernán Barcos, já que Ricardo Bueno e Fernandão deixaram a equipe após o fim do empréstimo.

"Eu dizia que queria um jogador e alguns entenderam que eu estava falando contra a direção, mas não era. Eu queria um, não importava o nome, não estava pedindo o mais badalado e caro. Agora, tenho o Betinho e acho que vai jogar bem. Não tem nome, mas tem vontade. É só isso que falei naquele dia. Ficou parecendo que eu estava brigando com a direção", argumentou.

Apesar da passagem apagada pelo São Caetano, Betinho foi contratado a pedido de Felipão, que estava preocupado com a possível ausência de Barcos em jogos decisivos. O argentino, inclusive, levou o terceiro cartão amarelo na noite de quarta-feira e está fora do jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, na Arena Barueri.

Com vínculo no Palestra Itália até o fim desta temporada, o treinador ainda reiterou sua intenção de permanecer no clube, descartando a hipótese de aceitar ofertas de outros países.

"Já tive propostas e nunca deixei de passar à direção, para que soubesse. Algumas vezes, disseram 'não'. Em outras, falaram para eu ver se queria sair. Mas não tenho proposta de ninguém agora e não quero sair de São Paulo. Mesmo que eu saia amanhã do Palmeiras, não vou sair da cidade. Só vou fazer uma opção diferente se for coisa de outro mundo", concluiu.

Gazeta Esportiva

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