Jiri Dvorak ressaltou a importância de implementar testes antidoping para os árbitros
A Fifa pretende implementar testes antidoping para os árbitros, afirmou nesta quinta-feira o chefe médico da entidade, Jiri Dvorak, durante o segundo dia do Congresso Médico da federação internacional de futebol, em Budapeste. Segundo o médico, os juízes agora têm que passar por rígidos testes físicos e é importante testá-los contra o uso de estimulantes para melhora de performance.
"Nós devemos considerar que os árbitros fazem parte do jogo. Não temos indícios de que isso (o doping) está acontecendo, mas temos que dar atenção a esta questão. Temos negligenciado a saúde dos árbitros", ressaltou Dvorak, que evitou fazer prognósticos de quando os testes irão começar. "Nós ainda estamos discutindo e isso é algo para o futuro".
Recentemente, alguns árbitros de renome desistiram da profissão por não conseguirem atingir os padrões físicos exigidos pela Fifa. É o caso do gaúcho Leonardo Gaciba, que falhou repetidas vezes nos testes de aptidão física. O ex-árbitro, que agora é comentarista esportivo, ainda tem idade para apitar: 40 anos.
Durante a conferência sobre doping, o diretor geral da Agência Mundial Antidoping (Wada), David Howman, aconselhou a Fifa a alterar suas regras para os atletas pegos no exame antidoping. Atualmente os jogadores de futebol sequer podem treinar em seus clubes enquanto estão cumprindo penas de suspensão por uso de substâncias proibidas.
"Realmente os futebolistas sofrem mais com as regras antidoping do que atletas de outras modalidades", reconheceu o mediador do encontro médico da Fifa Michel D'Hooghe.
Terra
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