Abalado por violência, futebol goiano espera final de Estadual com paz

Atlético-GO enfrenta o Goiás, treinado por Enderson Moreira (foto), neste domingo. Foto: João Paulo di Medeiros/MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra

Atlético-GO enfrenta o Goiás, treinado por Enderson Moreira (foto), neste domingo

O futebol goiano tem recebido destaque no cenário nacional não por causa dos resultados de seus times em campo, mas sim pela violência e pelas mortes relacionadas com as torcidas organizadas, principalmente de Vila Nova e Goiás. Com onze mortes registradas nos últimos dez meses, as autoridades locais tomaram algumas providências - entre elas a proibição das torcidas organizadas nos estádios.

Nos dois útimos finais de semana aconteceram dois clássicos entre Goiás e Vila Nova no Estádio Serra Dourada pela semifinal do Campeonato Goiano, e não foram registradas ocorrências graves nos dias dos jogos. No entanto entre as duas partidas, o Serra Dourada voltou a ser palco de violência no jogo entre Goiás e Atlético-MG pela Copa do Brasil, quando torcedores brigaram nas arquibancadas no fim do jogo.

O capitão Marcelo Granja, da Polícia Militar de Goiás, estará no comando das operações de segurança para a final deste domingo entre Atlético-GO e Goiás, e acredita em um jogo tranquilo. Historicamente não há problemas de confrontos entre as torcidas dos dois times, mesmo assim a PM montou o mesmo esquema que manteve a segurança dos torcedores no clássico entre Goiás e Vila Nova.

Granja afirmou que a Polícia Militar disponibilizará um efetivo que contará com 500 policiais, mais 24 membros da cavalaria, 12 policiais acompanhados com cães, 50 homens da tropa de choque e ainda um aparato de cerca de 70 viaturas espalhadas pela cidade nos terminais de ônibus e nas imediações do estádio, além de um helicóptero.

O comandante da operação espera que um público entre 20 e 30 mil torcedores compareçam ao Serra Dourada neste domingo. Granja assegura que a Polícia Militar dará o respaldo para o cidadão ir para o estádio apreciar o espetáculo e lembra que se todos fizerem a sua parte nunca haverá problema de violência.

“Nós planejamos a operação para que ocorra tudo bem, a imprensa está fazendo a parte dela com campanhas pela paz e o torcedor tem que fazer a parte dele também, tem que sair de casa pensando somente em apreciar o futebol como espetáculo e não pensar em arrumar confusão”, afirmou o capitão Granja.

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