Interferência de diretoria afeta clima nos bastidores do São Paulo

Paulo Miranda trabalhou entre os reservas um dia depois da derrota para a Ponte. Foto: Bruno Santos/Terra

Paulo Miranda trabalhou entre os reservas um dia depois da derrota para a Ponte

A interferência da diretoria são-paulina no trabalho de Emerson Leão, ao afastar o zagueiro Paulo Miranda do time titular na derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta, modificou o então tranquilo ambiente da equipe. Na tarde da última quinta-feira, o lateral esquerdo Cortez admitiu que a saída repentina do defensor tirou o sorriso fácil dos atletas, horas antes do compromisso decisivo válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Tímido ao tratar sobre o assunto polêmico ocorrido antes do duelo, Cortez não escondeu que a decisão sobre o afastamento de Paulo Miranda entristeceu o elenco antes do duelo. "Ficamos um pouco tristes, sim. Soube da decisão somente na janta", confirmou o lateral, que preferiu não questionar a retirada do companheiro horas antes do jogo.

"Somos jogadores do clube. Se a diretoria fizer algo deste tipo, com certeza ela sabe o que faz. Estávamos focados somente em jogar, fazer o nosso jogo. Agora precisamos da vitória para trazermos de volta o Paulo Miranda", discursou o lateral são-paulino.

O veto a Paulo Miranda antes de um compromisso importante, na visão de Cortez, não corresponde ao achado de um "bode expiatório" pela eliminação no Campeonato Paulista - o defensor foi titular na derrota por 3 a 1 para o Santos, em pleno Morumbi, e acabou questionado por conta da atuação diante de Neymar, autor de três gols no duelo.

"Não acho que jogar tudo nas costas do Paulo Miranda seja justo. Agora temos que dar força a ele, buscar o resultado para poder trazê-lo de volta. Não é a toa que ele está no São Paulo", ressaltou.

Somado ao abatimento por conta do caso Paulo Miranda, ressaltado por companheiros de Cortez depois do jogo no Moisés Lucarelli, a sequência negativa recente do São Paulo também incomoda. As duas derrotas consecutivas na temporada (Santos, na semifinal do Paulista, e Ponte Preta) também mexeram com o brio do elenco comando por Emerson Leão.

"Foi um pouco triste chegar aqui hoje, mas sempre tivemos um ambiente de muita alegria. Ficamos triste por isso (Paulo Miranda), mas também porque não fomos bem no jogo", discursou Cortez, antes de assegurar que a equipe não se encontra em uma crise interna. "Não serão dois jogos que abalarão a nossa confiança e alegria."

Terra

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