Brasil fatura sete medalhas na estreia do Mundial de Natação Paralímpica

(Foto: Ale Cabral/CPB)


O Brasil encerrou o primeiro dia de competições no Mundial de Natação Paralímpica, na Ilha da Madeira, em Portugal, com sete medalhas. A pernambucana Maria Carolina Santiago conquistou duas medalhas: ouro nos 100m borboleta e 100m costas da classe S12. O paulistano Gabriel Bandeira também subiu ao lugar mais alto do pódio na prova dos 200m livre S14.

Os nadadores Samuel Oliveira, Joana Neves e Phelipe Rodrigues ficaram com a prata. Patrícia Pereira fechou a conta ao conquistar o bronze 50m peito SB3. O campeonato reúne 600 atletas de 59 países e vai até o dia 18 de junho.

A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é superar a marca da última participação em Londres 2019, quando terminou na 11ª posição com 17 medalhas. Neste domingo, a delegação verde e amarela terminou na quarta posição, a Itália liderou o quadro com 12 medalhas.

A nadadora Maria Carolina Santiago foi quem garantiu a primeira medalha de ouro do evento. A pernambucana foi a única brasileira premiada no período da manhã, quando conquistou o lugar mais alto do pódio nos 100m livre S12 (para atletas com baixa visão). Na sessão da tarde, ela voltou para disputar a final dos 100m costas, a medalha dourada ficou com a britânica Hannah Russell por pouco.

- Foi muito emocionante, para mim seria muito importante vir e conseguir fazer meus melhores tempos. Fiquei fora do pódio lá em Tóquio e eu tinha que me entregar um melhor resultado, e nadei para o melhor da vida, estou bem satisfeita - comentou Carol Santiago, dona de cinco medalhas paralímpicas.

O segundo ouro veio na prova dos 200m livre S14 (para atletas com deficiência intelectual). Gabriel Bandeira foi campeão com direito a quebra do recorde do campeonato e a dois centésimos do recorde mundial da prova: 1min52s42. Estreante em mundiais, o paulista abriu a prova na liderança e se manteve à frente nas duas últimas viradas.

- Com medalha de ouro é tudo de bom. Quase bati o recorde mundial, só faltou um puxão no final. De manhã, na eliminatória, consegui dar uma segurada para dar tudo na final. Fiquei muito tranquilo no começo da prova, nos 150 comecei o ataque, nos 50 fui embora. Deu certo! - disse Gabriel Bandeira.

Na prova dos 50m livre S5 masculino, uma final eletrizante com o represente mais novo da delegação brasileira. O paulista Samuel Oliveira, de apenas 16 anos, ficou com a prata por apenas 17 centésimos. Samuka, como é conhecido, foi ao Mundial acompanhado pelo primo mais velho, Tiago. Ambos se tornaram nadadores paralímpicos após perderem os braços em uma descarga elétrica.

Nos 50m livre S5 feminino, a potigar Joana Neves também ficou com a prata. Phelipe Rodrigues deu uma arrancada nos 50m livre S10 (para nadadores com mínima deficiência) e fechou em segundo lugar com 23s76, a 25 centésimos de Rowan Crothers, da Austrália.

Patrícia dos Santos garantiu o terceiro lugar nos 50m da classe SB3 (para pessoas com lesão medular incompleta). Ela aproveitou a cerimônia de pódio para mandar os parabéns para o filho, José Leonardo, que completou 26 anos neste domingo.

Nesta segunda-feira, segundo dia do evento, o Brasil terá 16 competidores em ação: Lídia Cruz, Patrícia dos Santos, Samuel de Oliveira, Tiago Oliveira, Larissa Rodrigues, Daniel Mendes, Talisson Glock, Cecília Araújo, José Perdigão, Wendell Belarmino, Gabriel Bandeira, Ana Karolina Soares, Guilherme Batista, Lucas Mozela, Douglas Matera e Laila Suzigan.

Globo Esporte

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