Pequim se despede e passa bastão das Olimpíadas de Inverno para Milão-Cortina 2026

(Foto: Richard Heathcote/Getty Images)


Foi mais um show de tecnologia, luzes e som, desta vez embalado pelo sentimento de missão cumprida. Quatorze anos depois de receber os Jogos de Verão, Pequim se despediu também das Olimpíadas de Inverno com o status de primeira cidade a sediar as duas versões dos Jogos.

Sem o gigantismo das festas de edições passadas, mas com leveza pelo saldo positivo tanto esportivo quanto sanitário, a capital da China passou o bastão para Milão-Cortina D’Ampezzo, sedes da próxima edição do evento, na Itália, em 2026. Será a primeira vez que duas cidades dividirão esta responsabilidade.

A festa de encerramento da 24ª edição dos Jogos de Inverno foi aberta por crianças carregando lanternas em formato de flocos de neve. Também houve referências ao horóscopo chinês, além da projeção de um gigante nó chinês em belo efeito técnico.

Na parada das nações, todos os atletas entram juntos. A bandeira do Brasil foi carregado por Manex Silva. O jovem esquiador de 19 anos tornou-se o primeiro brasileiro a completar quatro provas na mesma edição das Olimpíadas de Inverno e bateu o recorde de pontos FIS do Brasil no esqui cross country nos Jogos (171.68).

A Noruega líder do quadro de medalhas, abriu a entrada das delegações no estádio. O país nórdico subiu 37 vezes ao pódio, com 16 ouros, oito pratas e 13 bronzes. Os atletas dos demais países entraram na sequência e se posicionaram em diferentes pontas da representação de um tradicional nó chinês reproduzida no gigante painel de LED no chão.

Com os atletas acomodados nas arquibancadas, foram realizadas as últimas cerimônias de premiação dos Jogos, do esqui cross country 30km feminino e 50km masculino. Therese Johaug, campeã entre as mulheres, ouviu o hino da Noruega. Alexander Bolshunov, do Comitê Olímpico Russo, ainda punido pelo COI, ouviu o Concerto para piano e orquestra nº 1 de Tchaikovsky.

A festa seguiu com homenagens aos voluntários e aos atletas. E voltou a emocionar com a tradicional cerimônia de passagem da bandeira olímpica. Após a execução do hino da Grécia, berço dos Jogos Olímpicos, o prefeito de Pequim passou o pavilhão ao presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, que o repassou aos prefeitos de Milão e de Cortina D'Ampezzo, Giuseppe Sala e Gianpietro Ghedina, respectivamente.

O hino da Itália abriu oficialmente a parte da festa dedicada aos anfitriões das Olimpíadas de Inverno de 2026. A simplicidade da festa em comparação a outras edições olímpicas ficou bastante evidente nesta parte, com apresentações pontuais no palco - primeiro, com duas crianças e uma mensagem de dualidade e união, depois com dois adultos, até a revelação do logo dos Jogos. Vídeos promocionais gravados na própria Itália e as projeções no LED guiaram a maior parte da apresentação.

O presidente do Comitê Organizador e do COI fizeram discursos. Nas palavras do alemão, destaque para a proclamação do desejo de que todos no mundo tenham acesso a vacinas contra a Covid-19 para que a pandemia chegue ao fim. Bach declarou os Jogos de Pequim oficialmente encerrados e convidou os jovens para os Jogos de 2026.

As luzes do Ninho do Pássaro foram apagadas, apenas com lanternas fazendo um belo efeito de luz nas arquibancadas. Ao som de um coral de crianças, os aneis olímpicos foram erguidos enquanto o floco de neve gigante que emoldurava a chama olímpica desceu. Rodeado pelas bandeiras dos 91 países participantes dos Jogos, o floco foi apagado, assim como o fogo dos Jogos. Um belíssimo show de fogos de artifício encerrou a festa e o evento.

Globo Esporte

Comentários