Lia Thomas se torna 1ª trans campeã universitária nos EUA, e rivais se recusam a dividir o pódio

(Foto: Justin Casterline/Getty Images)


Lia Thomas não quebrou nenhum recorde, mas fez história na natação dos Estados Unidos. Na última quinta-feira, em Atlanta, a nadadora de 22 anos se tornou a primeira mulher trans a conquistar um título da NCAA em todos os esportes da tradicional liga universitária americana. O pódio do título inédito nas 500 jardas livre, porém, foi marcado por uma polêmica. As rivais se recusaram a se juntar à campeã no momento da foto das medalhistas.

- Tento ignorar isso o máximo que posso. Tento focar na minha natação, no que preciso fazer para estar pronta para as provas. Apenas tento bloquear todo o resto. Significa o mundo para mim estar aqui - disse a nadadora, em entrevista à "ESPN" americana.

Havia uma expectativa de que Lia poderia quebrar o recorde universitário das 500 jardas livre que pertence à campeã olímpica Katie Ledecky. No entanto, a nadadora ficou quase nove segundos acima da marca de 4m24s06. O tempo de 4m33s24 ainda lhe rendeu o título inédito, à frente Emma Weyant (4m34s99), Erica Sullivan (4m35s92) e Brooke Forde (4m36s18).

Poucas pessoas na torcida aplaudiram quando Lia Thomas foi anunciada campeã da prova. Ela foi alvo de insultos de algumas torcedoras que não concordavam com sua participação na NCAA.

Lia Thomas, que representa a Universidade da Pensilvânia, competiu por três anos na equipe masculina antes de passar pelo processo de transição de gênero. De acordo com as regras da National Collegiate Athletic Association (NCAA), ela ficou apta a competir em eventos femininos quando completou o período de um ano de tratamento de supressão de testosterona.

Globo Esporte

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