Após feito histórico, Bia Haddad Maia fica com o vice-campeonato no Australian Open

(Foto: Reprodução)


Bia Haddad Maia já havia traçado seu caminho na história ao chegar à final do Australian Open. Ao lado da cazaque Anna Danilina, a brasileira alcançou um feito e tanto ao se tornar a primeira brasileira finalista em Melbourne na Era Aberta. Porém o título não veio dessa vez. Mesmo com a forte presença de brasileiros na arena, Bia acabou perdendo para as as atuais campeãs olímpicas e melhores do mundo, as tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova, por 2 sets a 1, parciais de 6/7, 6/4 e 6/4, na Rod Laver Arena.

Além de líderes do ranking, Krejcikova e Siniakova foram vice-campeãs do Australian Open no ano passado. As tchecas conseguem o quarto título de Grand Slam. Antes, já foram campeãs em Roland Garros, em 2018 e 2021, e em Wimbledon, em 2018.

Após a partida, Bia falou sobre a excelente campanha no Australian Open.

- Queria agradecer todo mundo do Brasil que veio para cá. Eu não sou australiana, mas hoje aqui me senti em casa. Hoje foi um dia muito especial. Gostaria de agradecer Anna por tudo que venho aprendendo com ela. Foram oito jogos de três sets, sempre demos o máximo aqui. É claro que não foi o resultado que queríamos, mas fizemos o nosso melhor - destacou Bia, que se emocionou diversas vezes no discurso de cerimônia.

Esse foi o primeiro confronto de Bia contra as tchecas no circuito profissional. Mas as três já haviam se encontrado antes em uma final júnior de Grand Slam. Em 2013, Krejcikova e Siniakova levaram a melhor contra a brasileira e a equatoriana Domenica Gonzalez e ficaram com o título.

Ao lado de Bia, Danilina também tem feito história. Nascida na Rússia, mas naturalizada cazaque, a tenista é a primeira do país a chegar a uma final de Grand Slam. Aos 26 anos, tem se especializado nas disputas de duplas. Atualmente ocupa a 53ª posição no ranking.

Bia se tornou a primeira brasileira finalista do Australian Open na Era Aberta, que começou em 1968. Além disso, obteve o melhor resultado para as mulheres do país desde a semifinal de 1965 de Maria Esther Bueno, que conquistou em 1960 o torneio de duplas e foi vice-campeã em 1965 no torneio individual. Em Grand Slams de forma geral, o tabu no tênis feminino é menor: 54 anos da conquista de Maria Esther Bueno, em 1968, nas duplas no US Open.

Bia e Danilina vivem ótima fase. Foram campeãs do WTA 500 de Sydney e alcançaram cinco vitórias em Melbourne.

Globo Esporte

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