Campeã no esqui e snowboard, tcheca tenta repetir façanha em Pequim

(Foto: Reprodução)


Há quase quatro anos, a tcheca Ester Ledecká chocou o mundo ao se tornar a primeira mulher a ser campeã de dois esportes em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em PyeongChang. Sem nenhum resultado de destaque anterior, ela surpreendeu ao conquistar o ouro na disputa do Super G do esqui alpino, e uma semana depois brilhou no snowboard vencendo o slalom gigante paralelo, prova em que era favorita ao título. Entrando na reta final da preparação para os Jogos de Pequim 2022, em fevereiro, a tcheca espera buscar uma nova conquista dupla.

– Por dentro, eu me sinto metade snowboarder e metade esquiadora – diz Ledecká, de 26 anos.

Em Pequim, as duas provas vencidas por Ester estarão mais próximas no calendário. A disputa do snowboard acontece antes, no dia 8 de fevereiro, e apenas três dias depois ela precisará trocar a prancha pelos esquis. A tcheca admite que o curto intervalo pode dificultar suas aspirações, mas acredita que começar por sua especialidade pode ser uma vantagem.

– Não sei o calendário de cabeça, ouvi que o snowboard vem antes e acho que pode ser bom se eu conseguir usar isso a meu favor. Meus técnicos vão pensar sobre como vamos lidar com o intervalo entre as provas. Eu quero manter as coisas simples, vou lá para me divertir, seja no snowboard ou no esqui – diz. – Essa decisão vai depender muito da minha sensação naquele exato momento da temporada.

A esquiadora e snowboarder admite que chegar aos Jogos como a atual campeã garante uma certa tranquilidade, mas diz que tenta não fixar o pensamento na competição.

– Claro que é confortável saber que ninguém vai tirar isso de mim. Vou lutar até o fim para ser a primeira em tudo que disputar, mas o que vier já vai ser um bônus na minha carreira – revela Ledecká, que também tem no currículo três títulos mundiais no slalom gigante paralelo. – Eu nunca fui o tipo de atleta que fica totalmente focada nas Olimpíadas, acho que isso não funciona bem para ninguém, para ser sincera. Vejo atletas e meus próprios técnicos pensando nas Olimpíadas todos os dias e acho que não se deve focar em uma só prova, mas sim em todos os desafios de forma igual.

Globo Esporte

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