Catar usou ex-agente da CIA para espionar Fifa antes de ser escolhido como sede da Copa, diz agência

(Foto: Reuters)


País-sede da Copa do Mundo do ano que vem, o Catar usou um serviço de espionagem de um ex-agente da CIA no intuito de obter vantagem para receber a principal competição de futebol entre seleções. As informações foram publicadas pela agência Associated Press (AP).

O serviço foi feito ao longo de anos por Kevin Chalker, ex-oficial de operações da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. Entre os alvos estavam membros que escolheram o local da Copa, ainda em 2010. Vale lembrar que essa escolha passou por investigação por conta de acusações de corrupção, mas a Fifa absolveu o país em 2015.

A AP cita que a investigação foi baseada em entrevistas com ex-associados de Chalker, além de contratos, faturas, e-mails e uma revisão de documentos comerciais. O trabalho realizado incluiu acompanhar a oferta de uma nação rival na disputa pelo Mundial de 2022 e contatos próximos com pessoas que participaram da votação do país-sede.

Chalker ainda prometeu que poderia ajudar o país a "manter o domínio" sobre sua população de trabalhadores estrangeiros. Hoje vivem no Catar cerca de 2,8 milhões de pessoas, das quais apenas 300 mil são cidadãs.

Autoridades do governo do Catar e da Fifa não comentaram a respeito da notícia. O ex-agente da Cia emitiu um comunicado dizendo que suas empresas "nunca se envolveriam em vigilância ilegal".

A Copa do Mundo do Catar acontecerá entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro de 2022. Já são 12 seleções garantidas, além do país-sede: Alemanha, Dinamarca, Brasil, França, Bélgica, Croácia, Espanha, Sérvia, Inglaterra, Suíça, Holanda e Argentina.

Globo Esporte

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